O mês dos presentes de Ano Novo. Em certas famílias — não se celebrava o Natal — dava-se a cada ano um presente, chamado étrennes (do latim strena, origem de estréia em português). O termo remonta a um antigo costume romano, possivelmente relacionado a Estrênia, deusa do ano-novo, da saúde, purificação e bem-estar, segundo o qual o patronus [chefe] oferecia um presente anual a seus clientes [pessoas que dele dependiam econômica e politicamente].
Única cena de interior do calendário. O duque está sentado perto de um enorme fogão da sala, com um quebra-fogo para protegê-lo do calor, e que ao mesmo tempo constitui uma espécie de auréola que o destaca dos numerosos cortesãos e servidores. Seus traços fisionômicos, conhecidos de outras obras dessa época, possuem todas as qualidades próprias de um bom retrato, mas a outra gente carece singularmente de personalidade. Repetem-se o tipo do rosto e a estatura, só se distinguem entre si pelo luxo e variedade dos trajes. (H. W. Janson)