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HISTÓRIA DO LIVRO · LIVRO & IMPRENSA NO BRASIL
EDIÇÃO & EDITORAÇÃO · ARTE & DESIGN · TIPOGRAFIA &
TIPÓGRAFOS
· ILUSTRAÇÃO & GRAFISMOS · ENCADERNAÇÃO, CONSERVAÇÃO & RESTAURO · BIBLIOFILIA, BIBLIOTECAS & SEBOS · MEMÓRIA EDITORIAL · TRADUÇÃO · O LIVRO
NA FICÇÃO
· LEITURA · MANUAIS & REFERÊNCIAS

| RESENHAS |

· História do livro ·
ARNS, D. Paulo Evaristo.
A técnica do livro segundo S. Jerônimo.
Tradução de Cleone Augusto Rodrigues.
Rio de Janeiro: Imago, 1993.
São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

BARBIER, Frédéric.
História do livro.
Tradução de Valdir Heitor Barzotto et al.
SP: Paulistana, 2008.

O grande historiador francês do livro oferece aqui uma obra abrangente, tanto cronologicamente, já que parte da invenção da escrita e segue até o livro eletrônico, como tematicamente, uma vez que aborda os aspectos materiais, sociais, políticos, do livro e de sua feitura. Esta obra fundamental está infelizmente bastante prejudicada, nesta edição brasileira, por graves problemas de tradução, redação e revisão...


BELO, André.
História & livro e leitura.
Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

O livro é uma das fontes mais ricas de que o historiador dispõe. Nele encontramos idéias do seu autor, as marcas do lugar social de onde escreveu, os indícios da produção e da venda da obra, do trabalho de ilustração, de grafismo, a materialidade e espiritualidade do livro.


BERND, Zilá (org.)
A magia do papel.
Porto Alegre: Marprom, 1994. Port/inglês.

Patrocinado pela Riocell, o livro reúne artigos sobre o papel. Destaque para a segunda parte, "Mágicas Travessias", em que Armindo Trevisan, Arnaldo Campos e Gérard Gonfroy abordam a história do papel e sua importância para a história da cultura letrada.

| Excerto |


BLASSELLE, Bruno.
Histoire du livre I - À pleines pages.
Paris: Gallimard, Découvertes, 1997.

Bonita edição ilustrada de bolso, com depoimentos e documentos em anexo,
narra a história do livro desde os rolos de papiro até o livro neoclássico.

Histoire du livre II - Le triomphe de l'édition.
Paris: Gallimard, Découvertes, 1991.

Retoma a história do livro a partir das grandes transformações em sua feitura ocorridas no século XIX, aprofundando temas como o papel do editor, das livrarias, os prêmios literários, o crescimento das literaturas de entretenimento (policiais, quadrinhos, infanto-juvenis, etc), entre outros.


BORGES, Jorge Luis.
O livro.
Trad. de Rosinda Ramos da Silva.
São Paulo: Edusp, 2008.

Um ensaio de Borges sobre o objeto livro, na forma de pequena e elegante plaquete em edição comemorativa dos vinte anos da Edusp e do milésimo título publicado.


BOWMAN, Alan K.; WOOLF, Greg (orgs.)
Cultura escrita e poder no Mundo Antigo.
Tradução de Valter Lellis Siqueira.
São Paulo: Ática, 1998.

Desde seus inícios, a escrita esteve a serviço do poder. Porém, a forma de exercê-lo pode variar bastante de império para império e de sociedade para sociedade. Os antropólogos, sociólogos ou historiadores que colaboram com essa obra exploram exatamente a relação entre poder e cultura escrita: o poder sobre os textos, mas também o poder exercido por meio de seu uso, em distantes e distintas sociedades.


BURKE, Peter.
Uma história social do conhecimento - de Gutenberg a Diderot
Tradução de Plínio Dentzien.
Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

Adotando uma abordagem socio-cultural e baseando-se em textos escritos entre os séculos XVI e XVIII, Burke examina o caminho percorrido pelo conhecimento humano desde a invenção da prensa tipográfica por Gutenberg até a publicação da Enciclopédia francesa de Diderot e d'Alembert, e as transformações na organização do saber na Europa no início da era moderna.

| Veja outro artigo de Peter Burke |


CAMPOS, Arnaldo.
Breve história do livro.
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.
CANAVEIRA, Rui.
História das artes gráficas
Lisboa: 3 volumes, ilustrados.

Vol. 1 (1994) e vol. 2 (1996):
Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras de Papel.
O primeiro volume, Dos Primórdios a 1820, e o segundo, A Revolução Industrial e a Indústria Gráfica, dão um excelente panorama do assunto, desde a evolução da escrita até as tecnologias que revolucionaram a imprensa no último século, em Portugal e no mundo.

O terceiro volume (Lisboa: Edição do autor, 2001), aborda mais detidamente o aspecto artístico da atividade gráfica, das pequenas tipografias "artísticas" do final do século XIX aos estilos tipográficos, a encadernação, e os mestres modernos da tipografia.


CANFORA, Luciano.
Livro e liberdade.
Tradução de Antonio de Padua Danesi.
SP: Ateliê Editorial / RJ: Casa da Palavra, 2003.

Antiga e múltipla é a relação entre livro e liberdade: da biblioteca que enlouqueceu Dom Quixote aos bibliômanos de carne e osso; da destruição da Biblioteca de Alexandria às fogueiras de livros nazistas; da perseguição a autores pela Inquisição à formação das modernas bibliotecas. Na História e na Literatura, exemplos do permanente poder do livro.

| Resenha |


CURTIUS, Ernst Robert.
Literatura européia e Idade Média latina.
Trad. de Paulo Rónai e Teodoro Cabral.
São Paulo: Hucitec / Edusp, 1996.

Obra do crítico e professor das universidades de Marburgo, Heildelberg e Bonn, é um clássico dos estudos literários. Suas análises sobre a literatura medieval são exemplos de uma erudição excepcional, além de terem difundido a idéia de uma continuidade entre as heranças culturais greco-romanas e renascentistas.
Destaque para o capítulo "O Livro como símbolo".


DARNTON, Robert.
O beijo de Lamourette - mídia, cultura e revolução.
Tradução de Denise Bottmann.
SP: Companhia das Letras, 1990.

É um livro que nos fala da história, dos meios de comunicação, e da história dos meios de comunicação. Destaque para a parte III: "A Palavra Impressa", sobre "o que é história dos livros" ou "primeiros passos para uma história da leitura".


DARNTON, Robert.
Edição e sedição: o universo da literatura clandestina no século XVIII.
Tradução de Myriam Campello.
SP: Companhia das Letras, 1992.

DARNTON, Robert.
O Iluminismo como negócio - história da publicação da Enciclopédia, 1775-1800.
Tradução de Laura Teixeira Motta e Maria Lúcia Machado (textos franceses).
SP: Companhia das Letras, 1996.

Edições piratas, alterações de texto efetuadas por editores ou revisores, contrafações, traições, contrabando, propaganda mentirosa, utilização de privilégios, são alguns dos ingredientes do longo processo de edição da Enciclopédia de Diderot e d'Alembert, que se revela, para além de um projeto coletivo de intelectuais corajosos, como um retrato vivo do mundo dos negócios no início dos tempos modernos.


DARNTON, Robert.
Boemia literária e revolução - o submundo das letras no Antigo Regime.
Tradução de Luís Carlos Borges.
SP: Companhia das Letras, 1987.

Darnton arma aqui um fascinante quebra-cabeça em que surge o perfil inesperado de um grupo cujo papel instrumental na queda do Antigo Regime foi, até então, negligenciado pelos historiadores. Tal grupo constitui o submundo literário: filósofos falidos, editores piratas e livreiros clandestinos.


DARNTON, Robert.
A questão dos livros - passado, presente e futuro.
Tradução de Daniel Pellizzari.
SP: Companhia das Letras, 2010.

"Uma discussão sobre o lugar dos livros no ambiente digital [...]. Longe de deplorar os modos eletrônicos de comunicação, quero explorar as possibilidades de aliá-los ao poder desencadeado por Johannes Gutenberg há mais de cinco séculos. O que livros e e-books têm em comum? Que vantagens mútuas conectam as bibliotecas e a internet?"
(da introdução do autor).


DARNTON, Robert; ROCHE, Daniel (orgs).
Revolução impressa - a imprensa na França (1775-1800)
Trad. de Marcos Maffei Jordan
São Paulo: Edusp, 1996.

O papel que a tipografia desempenhou na Revolução Francesa é a questão central deste livro que focaliza a liberação da imprensa no período revolucionário e suas conseqüências para o mercado editorial e o público leitor da época. A coletânea reúne colaborações de diversos estudiosos do tema, que apontam a prensa tipográfica como um dos mais importantes instrumentos para o surgimento de uma nova cultura política. Os ensaios, acompanhados de reproduções de capas, instrumentos de impressão, panfletos, descrevem a indústria editorial do Antigo Regime, examinam os efeitos da revolução no modo como editores, impressores e livreiros passaram a conduzir seus negócios, e analisam a relação dos produtos impressos com o movimento revolucionário.


DESBORDES, Françoise.
Concepções sobre a escrita na Roma Antiga.
Tradução de Fulvia Moretto e Guacira M. Machado.
São Paulo: Ática, 1995.

Recupera as vozes de autores e gramáticos como Suetônio, Varrão e Plínio, entre outros — O que pensavam eles a respeito da escrita? Mostrando a teoria e evolução da língua latina, e através de tratados de ortografia que estabelecem as regras para a passagem do oral ao escrito e de preceitos para a criação e leitura, a autora chega ao conceito de "voz escrevível", aquela que pode ser escrita.


EARP, Fábio Sá; KORNIS, George.
A economia da cadeia produtiva do livro.
Rio de Janeiro: BNDES, 2005.

O livro é resultado parcial da pesquisa O desenvolvimento da cadeia produtiva do livro no Brasil em perspectiva internacional comparada: propostas de ações públicas e privadas na construção de uma agenda de transformação setorial, encomendada pelo BNDES ao Grupo de Pesquisa em Economia do Entretenimento do Instituto de Economia da UFRJ.
Apresenta dados da economia do livro no Brasil e no mundo - volume de vendas, panorama da edição, distribuição e difusão, problemas da cadeia produtiva, sem deixar de abordar o impacto das novas tecnologias.


| Versão digital |


EISENSTEIN, Elizabeth L.
A revolução da cultura impressa - os primórdios da Europa Moderna.
Tradução de Osvaldo Biato.
São Paulo: Ática, 1998. Ilustrada, p & b.

Panorama das grandes mudanças nas comunicações no século XV, onde a autora explora a passagem do texto manuscrito para o impresso no contexto dos três principais movimentos que marcaram a Europa Moderna: o Renascimento, a Reforma e o surgimento da ciência moderna, revelando os múltiplos efeitos da cultura impressa na vida intelectual do Ocidente.


ESCARPIT, Robert.
The Book Revolution.
Londres: Harrap; Paris: Unesco, 1966.

La revolución del libro.
Paris: Unesco; Madri: Alianza Editorial, 1968.
ESCARPIT, Robert.
Sociologie de la littérature.
Paris: PUF, Col. Que Sais-je?, 1973.
FEBVRE, Lucien; MARTIN, Henri-Jean.
O aparecimento do livro.
Trad: Fulvia Moretto e Guacira M. Machado.
SP: Editora da UNESP / Hucitec, 1992.

FURTADO, José Afonso
O papel e o pixel - Do impresso ao digital: continuidades e transformações.
Florianópolis: Escritório do Livro, 2006.

O estudioso português traça um extenso panorama das profundas transformações trazidas ao mundo do livro e da comunicação, quer no nível da produção, quer da sociologia da literatura e da leitura, apresentando ainda vastíssima e atualizada bibliografia internacional sobre o tema.

| Veja Mais |
| Resenha |


GUEDES, Fernando
Os livreiros em Portugal e as suas associações desde o século XV até nossos dias.
Lisboa: Editorial Verbo, 1993. Ilustrado.

Estudo de conjunto da profissão dos "ministros da sabedoria", abrangendo suas várias etapas: livreiros e mercadores de livros; editores e impressores; privilégios reais; os livreiros na bandeira do Arcanjo S. Miguel; os livreiros do rei e da Universidade; a Confraria de Santa Catarina dos Livreiros; os regimentos do ofício de livreiro; declínio e morte das corporações; o liberalismo e o século XX.


GUEDES, Fernando
O livro e a leitura em Portugal - subsídios para a sua história, séculos XVIII-XIX.
Lisboa: Editorial Verbo, 1987. Ilustrado.

Bonita edição realizada no ano do quinto centenário da imprensa em Portugal, onde o autor parte do estudo de três livrarias centenárias portuguesas (destaque para a Bertrand), e envereda pela pesquisa do movimento editorial, analisa publicações e leituras, detém-se no fenômeno dos "gabinetes de leitura" e observa o papel social do escritor.


LABARRE, Albert.
Histoire du livre.
Paris: PUF, Col. Que sais-je? 3.ed, 1979.
MARTINS, Wilson.
A palavra escrita - história do Livro, da imprensa e da biblioteca.
SP: Ática, 2a ed., 1996.
MCMURTRIE, Douglas C.
O livro.
Tradução de Maria Luísa Saavedra Machado.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 3a ed., 1997.

Clássico incontornável para o estudo história do livro,
centrado nas artes envolvidas em sua feitura.


| Excerto |


MICHON, Jacques; MOLIER, Jean-Yves (eds.)
Les Mutations du livre et de l’édition dans le monde – du 18e siècle à l’an 2000.
Québec: Les Presses de l’Université Laval, 2001.
OLIVEIRA, José Teixeira de.
A fascinante história do livro.
vol. I: RJ: Cátedra, 1984.
vols. II (1985), III (1987) e IV (1989): RJ: Kosmos.

PACHECO, José.
A divina arte negra e o livro português - séculos XV e XVI.
Lisboa: Vega, s/data.
PORTELLA, Eduardo (org).
Reflexões sobre os caminhos do livro.
Trad. Guilherme João de Freitas.
São Paulo: Unesco / Ed. Moderna, 2003.

Ensaios de pensadores do mundo inteiro acerca dos novos rumos do livro. Diz Eduardo Portella na introdução: "A história do livro não pode ser, de modo algum, a crônica de uma morte anunciada. Deixemos de lado, portanto, a ilusão fundamentalista, a crença na relíquia tombada, bem como a antevisão apocalíptica.
Indicação de Rosa Freire d'Aguiar


VERGER, Jacques.
Homens e saber na Idade Média.
Tradução de Carlota Boto.
Bauru/SP: Edusc, 1999.

Quando a sociedade medieval se torna mais complexa, no fim da Idade Média, são os detentores do saber que emergem como os melhores fautores do Estado Moderno. Lúcido ensaio sobre os sistemas de educação da Europa Medieval, com destaque para o capítulo III: "Os Livros", que descreve o conteúdo das bibliotecas e a evolução do manuscrito ao impresso.

| Excerto |


VILLAÇA, Nízia.
Impresso ou eletrônico? - um trajeto de leitura.
RJ: Mauad, 2002.

"Este livro pretende refletir sobre alguns aspectos da passagem da cultura impressa à eletrônica e algumas de suas implicações filosóficas, políticas, sociológicas, sublinhando a importância do lugar da arte literária na antecipação do imaginário da Web e a importância das negociações que estas passagens exigem do corpo diante dos novos desafios aos processos de subjetivação." (a autora, na Introdução)


ZUMTHOR, Paul.
A letra e a voz.
Tradução de Amália Pinheiro e Jerusa Pires Ferreira.
SP: Companhia das Letras, 1993.

Numa época letrada, dominada pela leitura silenciosa, esquecemos que na origem de tudo o que se escreve está a voz. O autor explora aqui a complexidade da relação entre letra e voz em todo o Ocidente medieval, estendendo suas observações a algumas práticas poéticas do Extremo Oriente, África e Nordeste brasileiro.
Destaque para o capítulo 5: "A Escritura".


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· Livro & Imprensa no Brasil ·
ABREU, Alzira Alves de.
A modernização da imprensa (1970-2000).
Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
Coleção Descobrindo o Brasil.

Em meio ao processo de transição política que conduzia à democracia, a imprensa brasileira enfrentava grandes transformações tecnológicas, empresariais e de formação do pessoal, a diversificação das publicações e dos leitores. Esse livro acompanha o processo com clareza e objetividade até a nova etapa inaugurada com a internet.


ABREU, Márcia.
Os caminhos dos livros.
São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2003.

Rio de Janeiro, período colonial. A vida não era fácil para quem queria ler um livro. A Coroa Portuguesa impediu a impressão no Brasil até que a Família Real se transferisse para cá no período das invasões napoleônicas. Antes e depois da mudança, o contato com os livros era fortemente controlado por organismos de censura, mas as obras chegavam às mãos daqueles que as buscavam. Os caminhos dos livros conta uma parte dessa história, acompanhando a atuação da censura em Portugal e no Brasil, apresentando os livros pelos quais havia maior interesse, buscando pistas sobre os modos de ler e sobre as pessoas que habitavam o mundo dos livros.


ABREU, Márcia.
Histórias de cordéis e folhetos.
Campinas: Mercado de Letras / ALB, 1999.
ANDRADE, Olympio de Souza.
O livro brasileiro desde 1920.
Rio de Janeiro: Cátedra / Brasília: INL, 1978. 2a ed. rev.
BRAGANÇA, Aníbal.
Livraria Ideal - do cordel à bibliofilia.
Niterói: Pasárgada / EdUFF, 1999.

É uma história de livros, livrarias, livreiros e leitores no Brasil. O livreiro italiano Silvestre Mônaco e sua livraria são símbolos de uma era, que começou com a expansão do mercado editorial brasileiro, até os anos 60, de um sistema de ensino então adotado, de formação intelectual. Não lamenta, mas constata e analisa a perda da hegemonia do livro, nas duas últimas décadas. É uma história compacta, abrangente, da formação do Brasil neste século. (Mauro Dias, in O Estado de São Paulo).


BRAGANÇA, Aníbal; SANTOS, Maria Lizete dos (orgs).
A profissão do poeta & Carta aos livreiros do Brasil.
Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.

Volume em homenagem a Geir Campos, reúne 13 pequenos ensaios e depoimentos de vários autores, além de poemas e outros textos inéditos do próprio Geir Campos.

| Excerto |


CAMARGO, Ana Maria de A.; MORAES, Rubens Borba de.
Bibliografia da Impressão Régia do Rio de Janeiro.
São Paulo: Edusp / Kosmos, 1993. 2 vols.

A obra identifica as publicações dos primeiros anos do funcionamento da Impressão Régia, de 1808 a 1822. Organizados cronologicamente, os títulos são acompanhados de estudo de Rubens Borba de Moraes sobre a história da Impressão Régia e sua produção.
"Esta obra preenche uma lacuna de informação sobre os primórdios da tipografia no Brasil, e ainda nos dá, indiretamente, um retrato da sociedade que se formou no Rio de Janeiro com a vinda de D. João VI."
(José Mindlin)


CAMARGO, Mário de (org.).
Gráfica - arte e indústria no Brasil - 180 anos de história.
Bauru/SP: Edusc / São Paulo: Bandeirantes, 2003.

Bela edição, lindamente ilustrada, que narra os 180 anos da história gráfica brasileira, apresentando o universo de nossa cultura gráfica, sua passagem de "arte" para "indústria", incluindo vários depoimentos e experiências. A obra fala de cartazes publicitários e de cinema, de revistas e de livros, com fartas reproduções de capas de diversos períodos.


CAMARGO, Susana (coord.).
A revista no Brasil.
SP: Editora Abril, 2000.

Edição comemorativa dos 50 anos da Abril, traz um bom panorama, ilustradíssimo, dos duzentos anos de história das revistas brasileiras.


CAMPOS, Arnaldo; MENDONÇA, Renato (org)
Um livreiro de todas as letras.
Prefácio de Charles Kiefer.
Florianópolis: Escritório do Livro / Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2006.
Col. Memória do Livro, 6.

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| Excerto |
| Resenha |


CAMPOS JR., Celso; MOREIRA; Denis; LEPIANI, Giancarlo; LIMA, Maik R.
Nada mais que a verdade - a extraordinária história do jornal Notícias Populares.
São Paulo: Carrenho Editorial, 2002.

"Basta falar no Notícias Populares — ou NP para os mais íntimos — que as pessoas começam a sorrir. Mesmo quem nunca abriu o jornal (precisava abrir?) ainda se lembra de casos como o do bebê-diabo, de algumas manchetes antológicas, como BROXA TORRA O PÊNIS NA TOMADA, ou das suas orgiásticas edições de Carnaval.
Esse sorriso paira em quase todas as páginas [do livro], e é fácil imaginar o quanto [os autores] se divertiram ao escrevê-lo. Mas, se tantas vezes o NP transformou tragédias reais em motivo de risada, este livro faz o percurso inverso. Todo o folclore em torno do jornal, que os autores recuperam generosamente, vai aos poucos se cobrindo de melancolia."

(Marcelo Coelho, no prefácio)


CARNEIRO, Maria Luiza Tucci.
Livros proibidos, idéias malditas - o Deops e as idéias silenciadas.
São Paulo: Proin-USP / Fapesp / Ateliê Editorial, 2. ed ampliada, 2002. Ilustrado.

A destruição de um livro pelo DEOPS se processava em etapas distintas: em primeiro lugar proibia-se sua circulação junto à sociedade (posse e leitura), seguida da ordem e do ato da apreensão. Confiscadas, as obras "suspeitas" eram relacionadas pelos investigadores que anexavam uma amostragem aos autos policiais. (...) Com base em critérios aleatórios, elaborava-se uma longa listagem de títulos e autores, hoje documentos exemplares para conhecermos as práticas de leituras vigentes no nosso passado.(excerto)


CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (org.).
Minorias silenciadas - história da censura no Brasil.
São Paulo: Fapesp / Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

Fruto do Simpósio Minorias Silenciadas, organizado em 1997, na USP, por Maria Luiza Tucci Carneiro como parte do colóquio Direitos Humanos no Limiar do século XXI, coordenado por Renato Janine Ribeiro, a obra reúne ensaios sobre a censura à atividade intelectual e artística em diferentes momentos da história brasileira, desde o período colonial até os anos posteriores ao golpe militar de 1964. Conta com a colaboração de especialistas de diversas áreas. Destaque, na área do livro, para os artigos "Censura literária e inventividade dos leitores no Brasil colonial", de Luiz Carlos Villalta, e "Política, religião e moralidade: a censura de livros no Brasil de D. João VI", de Leila Mezan Algranti.


CASTRO, Renato Berbert de.
A Tipografia Imperial e Nacional da Bahia (Cachoeira, 1823 - Salvador, 1831).
SP: Ática, 1984.
COSTA, Cacilda Teixeira da.
Livros de arte no Brasil - edições patrocinadas.
São Paulo: Itaú Cultural, 2000.

Catálogo dos livros de arte produzidos no Brasil com patrocínio empresarial. O excelente ensaio introdutório, além de oferecer um bom panorama da história do livro de arte patrocinado entre nós, sugere algumas reflexões sobre o assunto, como a motivação do patrocinador e as leis de incentivo.


COSTA, Cristiane.
Pena de aluguel - escritores jornalistas no Brasil (1904-2004).
SP: Companhia das Letras, 2005.

Radiografia da vida literária e jornalística no Brasil. Ecoando uma pergunta de João do Rio (O jornalismo é um fator positivo para a arte literária?), a autora expõe os fatores econômicos que fazem com que o sonho de viver de escrever pareça tão ilusório nos dias de hoje quanto no início do século XIX.


CRUZ, Heloisa de Faria.
São Paulo em papel e tinta - periodismo e vida urbana (1890-1915)
São Paulo: Imprensa Oficial / Educ, 2002.

"Trata-se, aqui, da pequena imprensa paulistana na passagem do século XIX para o XX, diversificada e cheia de possibilidades para o historiador, (...) que a autora apresenta como experiência cultural que também é prática de classe." (Marcos Silva, no prefácio)


CRUZ, Heloisa de Faria (org.)
São Paulo em revista - catálogo de publicações da imprensa cultural e de variedades paulistana (1870-1930)
São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial / Cedic / PUC, 1997.

Instrumento de pesquisa que reúne referências sobre uma gama extremamente variada de publicações da imprensa periódica que vieram a público na cidade de São Paulo. Na invenção da mordernidade urbana, das novas formas de sociabilidade e sensibilidade, essas publicações ganham a cidade, transformam-se no suporte impresso das mais variadas concepções e práticas culturais.


EL FAR, Alessandra.
O livro e a leitura no Brasil.
Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Coleção Descobrindo o Brasil.

Pequena obra que recupera e esclarece alguns pontos da história do livro e da leitura em nosso país, desde a proibição da impressão no período colonial até os dias de hoje, quando presenciamos a venda de livros em bancas de jornal e estações de metrô. Um percurso que envolve editoras, livrarias, escritores e, é claro, os leitores.


EL FAR, Alessandra.
Páginas de sensação - Literatura popular e pornográfica do Rio de Janeiro (1870-1924).
SP: Companhia das Letras, 2004.

Florescia em finais do século XIX e começo do XX certa literatura popular largamente consumida por uma crescente população carioca alfabetizada. Dentre esses, a autora seleciona os chamados "romances de sensação" e "romances para homens", com trama sensacional que desafiava os rígidos padrões de uma sociedade patriarcal. O leitor penetra assim no universo das publicações e da literatura popular.


FISCHER, Luís Augusto.
50 anos de Feira do Livro - vida cultural em Porto Alegre, 1954-2004.
Porto Alegre: L&PM, Col. pocket, 2004.

Linha do tempo que apresenta sucintamente os principais fatos que marcaram, em Porto Alegre e no Brasil, a história, a cultura, a literatura, e a Feira do Livro nesses seus 50 anos de existência.


GONÇALO JÚNIOR.
A Guerra dos gibis - A formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos (1933-64).
SP: Companhia das Letras, 2004.

Embora fizessem a festa da garotada e dos editores Adolfo Aizen e Roberto Marinho, os gibis, chegados ao Brasil como novidade americana a partir dos anos 30, causavam arrepios nos guardiões da moral, tubarões da imprensa e raposas da política, que em coro pediam censura urgente às revistinhas. Outros enxergavam nelas potenciais educativos. Na heróica Guerra dos gibis envolveram-se grandes figuras da vida nacional...


GONÇALO JÚNIOR.
O Homem Abril - Cláudio de Souza e a história da maior editora brasileira de revistas.
SP: Opera Graphica, 2005. Ilustrado.

Cláudio de Souza foi, por cerca de 25 anos, um dos mais destacados funcionários da Editora Abril, passando por quase todos os departamentos da empresa. Apaixonado por quadrinhos, lançou gibis que ainda existem como Mickey, Mônica, Cebolinha, e tantos outros. Curiosamente, seu nome é omitido entre os "fazedores de revistas" mencionados na Revista do Brasil [vide acima, nesta seção], um dos motivos que levou o autor a retraçar, através de sua biografia, a história da editora com suas inúmeras e saborosas histórias.


HALLEWELL, Laurence.
O livro no Brasil (sua história).
Trad. de Maria da Penha Villalobos e Lólio Lourenço de Oliveira.
SP: Edusp / T.A.Queiroz, 1985.

SP: Edusp, 2005. Reedição revista, atualizada e ampliada.
Trad. de Maria da Penha Villalobos, Lólio Lourenço de Oliveira e Geraldo Gerson de Souza.

Primeiro e mais completo panorama histórico da indústria editorial brasileira. Escrito originalmente em 1975, foi publicado pela primeira vez no Brasil em 1982, e para esta segunda edição passou por extensa revisão do autor britânico. Retrata com precisão, clareza e riqueza de dados estatísticos o desenvolvimento das editoras brasileiras e os problemas econômicos, sociais e políticos que enfrentaram para sobreviver. Oferece um relato minucioso das obras e dos autores publicados pelas editoras comerciais e oficiais, além de tabelas, cronogramas e dados comparativos detalhados sobre população, importação, tarifas, preços, salários, exportação, produção de papel, traduções e comércio livreiro.
Belissima edição, que conta ainda com inúmeras reproduções a cores de livros que são parte importante da indústria editorial brasileira.


IPANEMA, Marcello; IPANEMA, Cybelle.
A tipografia na Bahia: documentos sobre suas origens e o empresário Silva Serva.
RJ: Instituto de Comunicação Ipanema, 1977.
KNYCHALA, Catarina Helena.
O livro de arte brasileiro (Teoria, história, descrição: 1808-1980).
RJ: Presença/Pró-Memória/INL, 1983.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina.
O preço da leitura - leis e números por detrás das letras.
São Paulo: Ática, 2002. Ilustr. p & b.

| Resenha |


LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina.
A formação da leitura no Brasil.
São Paulo: Ática,1996.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina.
A leitura rarefeita: livro e leitura no Brasil.
São Paulo: Brasiliense, 1991.
LIMA, Guilherme Cunha.
O Gráfico Amador - as origens da moderna tipografia brasileira.
RJ: Editora UFRJ, 1997. Ilustrado p&b.

| Resenha |


LIMA, Yone Soares de.
A ilustração na produção literária - São Paulo, década de vinte.
São Paulo: IEB / USP, 1985.
LINDOSO, Felipe.
O Brasil pode ser um país de leitores?
Prefácio de Sérgio Machado
SP: Summus Editorial, 2004.

Fruto da longa experiência do autor como antropólogo, jornalista, editor e assessor da CBL, a obra apresenta um histórico da indústria editorial no Brasil e analisa todo o conjunto de ações que fazem (ou fariam) do livro um produto, de consumo sim, mas diferenciado quanto aos resultados que traz para os indivíduos e para o país.
"Felipe Lindoso reflete sobre a evolução do processo de formação de nossa nacionalidade, visto, sobretudo, do ponto de vista editorial" (Sérgio Machado)


LINS, Osman.
Guerra sem testemunhas: o escritor, sua condição e a realidade social.
São Paulo: Ática, Col. Ensaios, 1974.
LOPES, Moacir.
A situação do escritor e do livro no Brasil.
Rio de Janeiro: Cátedra, 1978.
LYONS, Martyn; LEAHY, Cyana.
A palavra impressa: histórias da leitura no século XIX.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 1999.
LYRA, Helena Cavalcanti de
Com Homero Senna, Ivette Maria S. do Couto e Plínio Doyle.
História de revistas e jornais literários - Índice da Revista Brasileira.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Vol. II, 1995.

No presente volume estão reunidos e comentados os índices das sete "fases" da Revista Brasileira entre 1855 e 1980, indicadas pelos nomes de seus diretores.


MARTINS, Ana Luiza.
Revistas em revista - Imprensa e práticas culturais em tempos de República, São Paulo (1890-1922).
São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial / Fapesp, 2001.

Trabalho raro de classificação temática e crítica das revistas como fonte histórica, Revistas em Revista recupera parte do universo mental da efervescente São Paulo na virada do século XIX para o XX, investigando a ampliação do público leitor e, sobretudo, a força da revista como impresso decisivo na passagem do consumo do jornal para o livro. A autora revela aspectos insuspeitos de nossa história cultural, como a definição da forma revista na perspectiva de sua historicidade, sua presença nas bibliotecas da época, a profissionalização do escritor e os gêneros literários em voga, assim como as políticas de alfabetização popular e o público leitor em formação. Do ponto de vista técnico, Ana Luiza examina a constituição do parque gráfico e os dramas da incipiente indústria papeleira do país, as conseqüências da proliferação da imagem e as inúmeras estratégias de venda do produto, atreladas aos modelos iniciais de propaganda e de publicidade no Brasil.


MATOS, Felipe.
Uma ilha de leitura - Notas para uma história da cidade através de suas livrarias, livreiros e livros (Florianópolis, 1830-1960).
Florianópolis: Edufsc, 2008.

Trabalho de caráter introdutório à História Editorial da cidade de Florianópolis, fazendo uma cartografia de tipografias, livrarias, livreiros e livros. Pretende demonstrar a emergência do leitor na antiga freguesia de Nossa Senhora do Desterro e na Florianópolis da primeira metade do século XX, através do surgimento dos primeiros gabinetes tipográficos e estabelecimentos comerciais que vendiam livros, buscando romper com um discurso historiográfico que caracteriza a Desterro/Florianópolis como uma "paisagem de cores mortas", onde tudo é anacrônico e lento, na qual "o resto do mundo morria silencioso", a despeito da inundação de cultura impressa que lentamente revolucionou os hábitos da cidade, e dos livros que circulavam pela ilha através de suas livrarias.

| Excerto |


MEYER, Marlyse (org.)
Do Almanak aos almanaques.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. Ilustrado.

Livro de referência que resguarda a memória e a atualidade do importante veículo de comunicação que é o almanaque, que sempre ocupou um papel significativo no mercado editorial brasileiro. Textos de Jean-François Botrel, Jerusa Pires Ferreira, Maria Coleta Oliveira, Machado de Assis.


MIRA, Maria Celeste
O leitor e a banca de revistas - a segmentação da cultura no século XX.
SP: Olho d'Água, 2001.

Para descobrir "quem lê tanta revista?", a autora parte de O Cruzeiro, a "revista da família brasileira", até chegar, no final do século XX, à proclamada "revista personalizada". Analisa os modelos de revista mais importantes do Brasil e do mundo, sua relação com grupos de leitores/consumidores e os movimentos sociais e culturais que os constituem como segmentos de mercado e alteridades.

| Resenha |


MIRANDA, Francisco Gonçalves.
Memória histórica da Imprensa Nacional.
RJ: Imprensa Nacional, 1922.
NUNES, José Horta.
Formação do leitor brasileiro: imaginário da leitura no Brasil colonial.
Campinas/SP: Ed. Unicamp, 1994.
OLIVEIRA, Lívio Lima de.
O livro de preço acessível no Brasil - o caso da coleção “L&PM Pocket”.
São Paulo: Eca / Usp, 2002 (dissertação de mestrado, inédita em livro).

O trabalho estuda as estratégias de edição de livros a preços acessíveis, monstrando experiências com esse tipo de livro nos EUA (desde o século XIX), na Europa (desde o século XV) e no Brasil (a partir do final do século XIX). Apresenta um estudo de caso da editora L&PM e faz algumas recomendações para a produção de livros a preços acessíveis.

| Veja artigo do autor |


PAIXÃO, Fernando (coord.).
Momentos do livro no Brasil.
São Paulo: Ática, 1996.

Edição comemorativa dos 30 anos da Editora Ática, ricamente ilustrada, retraça a história da edição no Brasil, do século XIX até nossos dias.


PARK, Margareth Brandini.
Histórias e leituras de almanaques no Brasil.
São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 1996.

Este livro sobre os almanaques farmacêuticos brasileiros é uma bela e importante contribuição à história da produção, da circulação e da leitura das obras de grande difusão, e confirma que é arriscado qualificar sem nuanças o almanaque de "popular". O almanaque é um livro destinado a todos e que todos, mesmo os menos letrados ou os analfabetos, podem "ler".
A obra é também uma magnífica investigação sobre a memória da leitura, (...) testemunhando, de maneira muito bonita, a vitalidade das pesquisas sobre a história e a sociologia do livro, da leitura e da escritura realizadas no Brasil. Não há, sem dúvida, outro país no mundo em que esse campo de pesquisa seja tão vigoroso e inventivo.
(da Introdução de Roger Chartier)


PEDRO, Joana Maria.
Nas tramas entre o público e o privado: a imprensa de Desterro no século XIX
Florianópolis: Edufsc, 1995.

Escrito a partir de pesquisa sobre jornais publicados em Desterro (atual Florianópolis) entre 1831 e 1889, elucida importantes aspectos da história da imprensa no Brasil do século XIX.


PIACENTINI, Tânia.
Literatura: o universo brasileiro por trás dos livros.
Florianópolis: Edufsc, 1991.

A autora recolhe e analisa o depoimento de 12 escritores brasileiros que publicaram obras nos anos 70, procurando resposta para algumas questões — em que condições trabalha um ficcionista? qual o papel do editor no seu trabalho? de que maneira o mercado livreiro afeta a atividade literária? — e assim "tecer a trama do fenômeno literário em determinada época e sociedade".


RAMALHO, Cristina.
O Livro e a leitura na Lei Federal de Incentivo.
Prefácio de Mequita C. de Andrade
Introdução de Ronaldo Graça Couto.
São Paulo: Metalivros, 2002.

Em bela edição, ilustrada a cores, o livro faz um balanço das publicações e projetos de incentivo à leitura realizados com o apoio da lei Rouanet nos últimos dez anos. Há depoimentos de autores, editores, patrocinadores, fotógrafos, designers e jornalistas sobre os aspectos positivos e negativos da lei, além de sugestões para aprimorá-la.


REIMÃO, Sandra.
Repressão e resistência - censura a livros na ditadura militar.
São Paulo: Edusp / Fapesp, 2011.

O livro discute, a partir de documentos de arquivos oficiais, a censura a livros, notadamente os de ficção, durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). Com base nos pareceres dos censores, e descrevendo minuciosamente os caminhos da proibição, a autora analisa diferentes casos de censura e acaba por desvendar seus mecanismos, objetivos e motivações, nem sempre explicitados pelos órgãos da repressão. Edição bonita e caprichada, ilustrada a cores, que ainda traz em anexo vários documentos relevantes.


RIZZINI, Carlos.
O jornalismo antes da tipografia.
São Paulo: Nacional, 1968 (ed. fac-similar).
RIZZINI, Carlos.
O livro, o jornal e a tipografia no Brasil (1550-1822) com um breve estudo geral sobre a informação.
São Paulo: Imprensa Oficial, 1988. (ed. fac-similar).
RODRIGUES, João Paulo Coelho de Souza.
A dança das cadeiras - literatura e política na Academia Brasileira de Letras (1896-1913).
Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

Em 1897, alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros fundavam a Academia Brasileira de Letras. Nas palavras de seu então presidente, Machado de Assis, o desejo dos que ali estavam era "conservar, no meio da federação política, a unidade literária". Mas afinal, qual a relação entre literatura e política naquela virada de século? Deveria a política ser objeto da literatura? Poderia não ser?


SERRA, Elizabeth d'Angela et alli.
O livro para crianças no Brasil.
São Paulo: CBL, 1994.
SODRÉ, Nelson Werneck.
A História da imprensa no Brasil.
RJ: Civilização Brasileira, 1966.
TABORDA, Felipe (ed).
Ideografia: a arte de capas de livros no Brasil.
S. Bernardo do Campo: Bandeirante, 1990.
TORELLY, Aparício (BARÃO DE ITARARÉ)
Almanhaque para 1949, ou Almanhaque d'A Manha.
e
Almanhaque para 1955, primeiro semestre.

Organizados por Sérgio Papi e José Mendes Andrade.
São Paulo: Studioma / Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

O jornalista e editor Aparício Torelly conviveu com políticos, escritores e artistas como Prestes, Graciliano Ramos e Di Cavalcanti. Por meio de seu alterego Barão de Itararé, debochou da política e dos costumes, desde a década de 1920 até os portais da modernidade juscelinista, nas páginas de seu semanário de humor, A Manha, e nos seus Almanhaques, como estes dois primeiros de uma série de três, agora relançados em edição fac-similar.

| Resenha |


TRAVANCAS, Isabel.
O Livro no Jornal - os suplementos literários dos jornais franceses e brasileiros nos anos 90.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

A autora pesquisa dois suplementos literários brasileiros ("Mais!" da Folha de São Paulo e "Idéias", do Jornal do Brasil), e dois franceses ("Les Livres", do Libération e "Le Monde des livres" do Le Monde), e analisa as relações entre dois objetos tão distintos e ao mesmo tempo estreitamente relacionados: o jornal e o livro. Reflete como o jornal e seus produtores tratam e pensam o livro; o livro como produto da sociedade de massa, como centro da notícia e ponto de partida para suplementos, em duas sociedades modernas, capitalistas, urbanas, com uma indústria cultural bastante dinâmica, e nas quais o livro tem grande valor simbólico.



Anais do III Encontro de Editoração da Bahia.
Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1993.

Traça um bom e variado panorama da edição brasileira, reunindo palestras de Calasans Neto e Floriano Teixeira ("Ilustradores de Livros"), Sérgio Mattos ("Divulgação da Produção editorial no interior"), Florisvaldo Mattos ("Divulgação da produção editorial na Bahia"), Felipe Lindoso ("Câmara Brasileira do Livro"), José Marques de Mello ("Formando editor na Universidade"), João Guizo ("A Prestação de serviços no ramo editorial"), Plínio Martins Filho ("Edusp, de co-editora a editora"), Gumercindo Rocha Dórea ("Ser editor baiano").
Indicação de Sérgio Mattos.



O Futuro do Livro na Bahia.
Anais do V Encontro de Editoração da Bahia.
Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1996.

Reúne palestras de Alfredo Weiszflog, Gustavo Falcón, Claudius Portugal, Sérgio Almeida, Tereza Marcílio, Tânia M. B. Teixeira, Fátima Lôbo, Célia Matos, Zeny Duarte, Marina Araújo e Maria Aparecida Viviane Ferraz acerca dos vários aspectos da produção editorial baiana.
Indicação de Sérgio Mattos.



CABRIÃO: Semanário humorístico editado por Ângelo Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis: 1866-1867.
Introdução de Délio Freire dos Santos.
São Paulo: Editora da Unesp / Imprensa Oficial, 2a ed. rev. e ampl., 2000.

Edição fac-similar dos exemplares do semanário humorístico editado na cidade de São Paulo na década de 1860, que "...tirou o sono e motivou gargalhadas nos meios políticos, sociais eclesiásticos", diz Délio Freire dos Santos na introdução, onde faz uma bela síntese da caricatura na imprensa no Brasil e no mundo.



História da tipografia no Brasil.
MASP, 1979.

“Tem um poeta no meio do caminho”.
Texto de Waldemar Torres.
Porto Alegre: Espaço Engenho & Arte / Câmara do Livro, 2001.

Catálogo da exposição realizada durante a 47a Feira do Livro de Porto Alegre, apresentando, selecionadas da biblioteca do bibliófilo Waldemar Torres, obras de Drummond em prosa, em verso, vertidas para outras línguas, traduzidas por ele, crítica, filmografia. O catálogo, além da listagem, reproduz a cores capas de diversas edições.
Indicação de Carmen Menezes.



“Livro e Leitura: das políticas públicas ao mercado editorial”.
Revista Observatório Itaú Cultural - N. 17 (ago./dez. 2014)
São Paulo: Itaú Cultural, 2007.

Este número dedicado ao livro e à leitura traz artigos de Flávio Rosa, Alessandra El Far, Felipe Lindoso, Zoara Failla, Eliana Yunes, Gustavo Gouveia, João Cezar de Castro Rocha, Laeticia Jensen Eble, Luciana Villas-Boas, Rita Palmeira, Néstor García Canclini, Cristiane Costa, Anderson da Mata, Fábio Malini, Bernardo Ajzenberg, Luciana Veit, Carlo Carrenho, Fabio Uehara, e uma entrevista com Roger Chartier.

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· Edição & Editoração ·
ARAÚJO, Emanuel.
A construção do livro.
RJ: Nova Fronteira/INL, 1986.
AZEVEDO, Fernando de.
As técnicas de produção do livro e as relações entre mestres e discípulos.
Conferência, 2a ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1946.
BARRACCO, Helda Bulotta.
Elementos de linguagem editorial.
São Paulo: Com-Arte, 1974.
BARRACCO, Helda Bulotta.
Guia à História da Editoração.
São Paulo: Ebraesp, 1975.
CORRÊA, Tupã Gomes.
Editoração: conceitos, atividades, meios.
São Paulo: Edinac, 1988.
GENETTE, Gérard.
Paratextos editoriais.
Tradução de Álvaro Faleiros
São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.

Trata este livro do paratexto do texto literário: apresentação editorial, nome do autor, títulos, dedicatórias, epígrafes, prefácios, notas, capa, composição, formato... Pois as obras literárias, desde a invenção do livro moderno, nunca se apresentam como um texto nu: vêm cercadas de um aparato que as completa e protege, impondo-lhes um modo de usar e uma interpretação consentâneos com o propósito do autor.


GRUSZYNSKI, Ana; MARTINS, Bruno; GONÇALVES, Márcio (orgs.)
Edição: agentes e objetos.
Belo Horizont: PPGCOM / UFMG, 2018.

O livro, que reúne trabalhos dos pesquisasadoes do GT Produção Editorial da INTERCOM, traz artigos de Isabel Travancas, André Carlos Moraes, Marília de Araujo Barcellos, Cida Golin, Márcio Souza Gonçalves / Rafael de Oliveira Barbosa / Renata Prado Alves Silva, Gabriela Gruszynski Sanseverino, Gabriel Rizzo Hoewell / Patricia Lopes Damasceno / Ana Gruszynski, Paulo Bernardo Vaz / Diego Belo, Dorothée de Bruchard, José de Souza Muniz Jr., Danusa Almeida de Oliveira, Ana Elisa Ribeiro, Ana Elisa Ribeiro, Rachel Bertol, Sandra Reimão, Márlon Uliana Calza, Bruno Martins.

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GUIMARÃES, Júlio Castañon.
Sobre um projeto de edição crítico-genética da poesia de Carlos Drummond de Andrade.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos-32, 1997.

Apresenta um sumário de alguns grandes projetos de edições recentes em língua portuguesa e discute a possibilidade de aplicação de princípios atuais de edição, tanto na perspectiva ecdótica quanto na perspectiva genética, à poesia de Carlos Drummond de Andrade.


HAY, Louis.
A montante da escrita.
Trad. José Renato Câmara.
&
GRÉSILLON, Almuth.
Devagar: obras.
Trad. Júlio Castañon Guimarães.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos-33, 1999.

Reúne textos de dois dos mais importantes críticos que atuam na linha de estudos de manuscritos literários conhecida como crítica genética. "A montante da escrita", de Louis Hay, examina as relações entre certos suportes de anotações e do desenvolvimento do texto literário, e o texto de Almuth Grésillon, "Devagar: obras", apresenta as várias possibilidades de abordagem do manuscrito literário pela crítica genética.


HOUAISS, Antônio.
Elementos de bibliologia.
SP: Hucitec / Pró-Memória / INL, 1983 (edição fac-similar).
KNAPP, Wolfgang.
O que é editora.
São Paulo: Brasiliense, 1986. Col. Primeiros Passos, vol. 176.
KNYCHALA, Catarina Helena.
Editoração: técnica da apresentação do livro.
RJ: Presença; Brasília: INL, 1981.
LAUFER, Roger.
Introdução à textologia.
São Paulo: Ed. Perspectiva, 1980.
LUSTIG, Silvia (org).
Editoração: mercado de trabalho e regulamentação da profissão.
São Paulo: Com-Arte, 1986.
MAGALHÃES, Aluísio (com Antônio HOUAISS, Benedicto SILVA e outros).
Editoração hoje.
Rio de Janeiro: FGV, 1981, 2a ed.
MARTINS FILHO, Plínio (org).
Livros, editoras & projetos.
São Paulo: Ateliê Editorial / Com-Arte; S. Bernardo do Campo: Bartira, 1997.
SMITH JR., Datus C.
Guia para a Editoração de Livros.
Trad. de Eliane Tejera Lisboa.
Recife: UFPE; Florianópolis: UFSC, 1990.


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· Arte & Design ·
AMADEO JR, Ricardo.
Diagramação eficaz.
Colaboração de Marcelo Yamaschita Salles, Mario Guimarães Mucida e Wagner Shimabukuro.
São Paulo: Com-Arte, 2002.

O artista plástico, profissional de editoração e professor da Eca coloca sua experiência neste livro de introdução à prática da comunicação visual.


BIERUT, Michael; HELLER, Steven; HELFAND, Jessica; POYNOR, Rick (org).
Textos clássicos do design gráfico.
Tradução de Fernando Santos.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Reúne textos de nomes essenciais como Emil Ruder, Jan Tschichold, William Morris, Frederic Goudy...


BRIDGEWATER, Peter.
Introdução ao design gráfico.
Trad. Joaquim António Nogueira Gil.
Lisboa: Editorial Estampa, 1999.

Guia prático dos procedimentos e técnicas do design gráfico, com boas orientações e exemplos completos de projetos profissionais, do logotipo à revista. Ilustrado a cores, também oferece um glossário básico.


CALDAS, Waltercio.
Livros.
Textos de Fábio Borgatti Coutinho, Marcelo Mattos Araújo e Sônia Saltzen.
Porto Alegre: MARGS; São Paulo: Pinacoteca, 2002.

Catálogo da exposição "Livros", mostra do artista plástico carioca Waltercio Caldas, realizada sucessivamente no Museu de Arte do Rio Grande do Sul e na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São 28 livros-objeto, ou "formas-livro", como define Sônia Saltzen no ensaio introdutório, integrando o livro e as artes plásticas.


CHAMIE, Emilie.
Rigor e paixão - poética visual de uma arte gráfica.
São Paulo: Editora Senac, 1999.

"Rigor e paixão são os traços marcantes do trabalho artísticos de Emilie Chamie - um dos nomes mais significativos de uma geração de designers gráficos que revolucionou, a partir dos anos 50, a comunicação visual brasileira. Neste livro, ela nos traz uma amostra de seu trabalho pioneiro, que afinal se fez repertório para numerosos profissionais da área.(...) Ao articular caracteres e imagens, Emilie embala-se numa poética visual que eleva as formas discursivas da arte gráfica ao nível da boa arte."
(da introdução de A. P. Quartim de Moraes)


COCKERELL, Sydney; MORRIS, William
A note by William Morris on his aims in founding the Kelmscott Press. Together with a short description of the press by S.C. Cockerell, & an annotated list of the books printed thereat.
Hammersmith (Londres): Kelmscott Press, 1898.

Última publicação da Kelmscott Press de William Morris, organizada postumamente por seus colaboradores, traz um pequeno ensaio de Morris que resume seus princípios sobre o design de livros, seguido de uma descrição da editora e do seu catálogo por Sydney Cockerell.

| Edição fac-similar |
| Ensaio de Morris traduzido |


COLLARO, Antonio Celso.
Projeto Gráfico: teoria e prática da diagramação.
SP: Summus Editorial, 2000, 4. ed. revista e ampliada.

Aborda os princípios de diagramação, tipologia, tipometria e outros aspectos do projeto gráfico, em diferentes formas de materiais impressos - livros, jornais, revistas... Esta edição ampliada inclui a atual concepção de diagramação, que tem no computador sua principal ferramenta, ilustrado com exemplos do Pagemaker, o software mais utilizado em editoração.


CRAIG, James.
Produção Gráfica.
Trad. Alfredo G. Galliano, João J. Noro, Edmilson O. Conceição
São Paulo: Mosaico / Edusp, 1980.

ESCOREL, Ana Luisa.
Brochura Brasileira: objeto sem projeto.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.
ESCOREL, Ana Luisa.
O Efeito multiplicador do design.
São Paulo: Editora Senac, 2a ed, 2000.

Reunião de vários artigos e resenhas em que a autora se propõe divulgar e valorizar a atividade do designer, tentando refletir sobre algumas questões e definir campos e conceitos ainda imprecisos. Destaque, no que toca ao livro, para os capítulos "Identidade e Legibilidade no Produto Gráfico" e "Glória aos mãos sujas".
| Excerto |


FAWCETT-TANG, Roger.
Formatos Experimentales - Libros, folletos, catálogos.
Introduções de Chris Forges e John O'Reilly.
Traduzido para o espanhol por T&S.
Barcelona: Index Book, ilustrado a cores, s/d.

O livro, já em si um formato original, com duas aberturas permitindo leituras cruzadas, apresenta projetos de diversos designers, inovadores na forma e no material utilizado. "El objetivo de este libro no es en absoluto sugerir que los formatos experimentales sean "el futuro de la impresión" ni siquiera que sean "lo mejor de la impresión". La finalidad de este libro es demostrar lo que puede conseguirse cuando los diseñadores transgreden las reglas para crear algo excepcional." (Chris Forges, na introdução).


FERLAUTO, Claudio.
O Tipo da gráfica - uma continuação.
São Paulo: Rosari, 2002.
Coleção Textos Design.

A obra reúne textos que oferecem um bom panorama da produção, dos acontecimentos e idéias que permearam o design brasileiro, especialmente na arte gráfica, nos últimos anos, situando-os em seu contexto social, econômico, político, tecnológico. Destaque, na área do livro para "A Tipografia da capa de livro" e "Capa de livro: Eugenio Hirsh".


FERLAUTO, Claudio; JAHN, Heloisa.
O Livro da Gráfica.
São Paulo: Edições Rosari, 3. ed, 2001.

A obra, concebida de início como portfólio da Hamburg Gráfica Editora e posteriormente editada para um público mais amplo, fala dos temas centrais da gráfica, como as cores, a tipografia, as imagens e suas técnicas de reprodução. Fala um pouco de história, informação, curiosidades. Fala de autores e personagens, de romance e de poesia, introduzindo o leitor ao mundo maravilhoso da imprensa, do livro e da leitura.
| Excerto |


GOMBRICH, E. H.
A História da Arte.
Tradução de Álvaro Cabral. RJ: Zahar, 4 ed., 1985.
GOWING, Sir Lawrence (ed.).
A History of Art.
Barnes & Noble, 1995.
GROSSMANN, Marcia.
Como te leio? Como-te livro!
São Paulo: Cultura editores associados, 2002.

Fruto de um TCC em Comunicação Visual na FAAP/SP, o livro é uma brincadeira leve e séria envolvendo o objeto livro, seus vários aspectos e componentes, o ato de ler e de escrever. Ilustrado.


HENDEL, Richard (org).
O Design do livro.
Tradução de Geraldo Gerson de Souza e Lúcio Manfredi.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. Ilustrado p&b, capa dura.

Richard Hendel, premiado artista gráfico americano, e outros oito designers apresentam alguns de seus projetos de livros comerciais e acadêmicos. Hendel analisa alguns aspectos do design de livros, como a escolha do tamanho e formato, dos tipos, a disposição da mancha na página, etc. Imprescindível para os profissionais do meio editorial, em belíssima apresentação gráfica.


JANSON, H. W.
História da Arte - Panorama das Artes Plásticas e da Arquitectura da Pré-História à Actualidade.
Trad. de J. A. Ferreira de Almeida.
Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 3 ed. 1984.

KOPP, Rudinei.
Design gráfico cambiante.
Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2002. Ilustrações p&b.

O autor apresenta, num primeiro momento, uma boa restrospectiva histórica do design gráfico moderno, abordando vários estilos a partir do vitoriano, para depois analisar (através do estudo de relógios, revistas...) o design gráfico que ele propõe denominar "cambiante" - mutante e flexível, é uma manifestação da pós-modernidade.


LINS, Guto.
Livro Infantil? Projeto gráfico, metodologia, subjetividade.
São Paulo: Rosari, 2002.
Coleção Textos Design.

A obra aborda aspectos da produção de livros infantis pela ótica do design gráfico. O autor, designer, ilustrador e professor (PUC/RJ), trata de procedimentos criativos, técnicos, industriais e de mercado, úteis para o estudante de design e de produção editorial.


MARTINS FILHO, Plínio (organização e seleção).
A Arte invisível.
Traduções de Geraldo Gerson de Souza.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

Em formato 10 x 7,5 cm, capa dura, o livrinho apresenta "minutos de sabedoria" aplicados à arte de projetar livros: são frases selecionadas e extraídas da obra de alguns designers e tipógrafos, dicas úteis para quem "faz livros" e que ensinam a melhor apreciar o objeto livro. Começa com a frase de Richard Hendel: "Se a impressão é a arte negra, o design do livro pode ser a arte invisível".


MASSIN.
La Mise en pages.
Paris: Hoëbeke, 1991.

O autor é um designer gráfico francês internacionalmente conhecido, durante vinte anos diretor artístico das edições Gallimard, criador da capa da coleção "Folio" e "L'Imaginaire", autor de memoráveis projetos gráficos (como La Cantatrice Chauve, de Ionesco). Nesta obra de reflexão estética, faz a aproximação entre a diagramação de um livro com a arquitetura, o cinema, a fotografia, a música; fala de elementos fundamentais da diagramação, como o movimento, a duração, o contraponto; e nos oferece suas próprias receitas, dicas, numa obra profunda, bela, e fartamente ilustrada.


MEGGS, Philip B.; PURVIS, Alston W.
História do design gráfico.
Tradução de Cid Knipel.
São Paulo: Cosac Naify, 2009.

Completíssima história do design gráfico mundial, que toma as pinturas rupestres de Lascaux, realizadas há mais de dez mil anos, como início de um fio condutor que se desenrola da invenção da escrita ao design pós-moderno, das origens da imprensa à era digital. O volume, de 720 p., com capa dura, é fartamente ilustrado (o que inclui 1.300 imagens coloridas), além de trazer gráficos e índices.


MORRIS, William; PETERSON, William (ed.).
The Ideal Book.
University of California Press, 1982.

Reúne ensaios de William Morris sobre a arte do livro e sua experiência na Kelmscott Press, com ótima introdução de William Peterson, que também concebeu o belíssimo projeto gráfico. Em apêndice, entrevistas com William Morris e artigos na imprensa da época sobre a Kelmscott Press.


PARRY, Linda (ed.).
William Morris, 1834-1896.
London: Philip Wilson Publishers, 1996.

Catálogo da exposição comemorativa do centenário de William Morris realizada no Victoria and Albert Museum, em Londres. Reúne, além de formidável iconografia, textos de diversos autores abordando os vários aspectos do trabalho de Morris. Destaque para os capítulos "Callygraphy", de John Nash, e "The Kelmscott Press", de John Dreyfus.


POWERS, Alan.
Era uma vez uma capa - história ilustrada da literatura infantil
Tradução de Otacílio Nunes.
São Paulo: Cosac Naify, 2008.

Uma história da literatura infantil inglesa (do início do século XIX aos dias de hoje), fartamente ilustrada (a cores) com reproduções de suas capas, apresenta os principais artistas deste ofício, explica os recursos técnicos e suas transformações e ainda traz histórias de seus designers e editores.


RICHAUDEAU, François.
Manuel de Typographie et de Mise en Page.
Paris: Retz, 1989.
ROGERS, Bruce.
Paragraphs on Printing.
N.Y.: Dover Publications, 1979.

Pioneiro americano no ofício de book designer, e o mais conhecido, Bruce Rogers (1870-1957) deixa aqui registrados os seus preceitos e técnicas sobre a arte de projetar livros. Edição bem ilustrada (p & b) com seus principais trabalhos.


SEHN, Thaís.
O Livro como objeto de desejo.
Pelotas: UFPel, Instituto de Artes e Design, 2009 (TCC inédito em livro).

| Excerto |
| Versão digital |


SILVEIRA, Paulo.
A Página Violada - da ternura à injúria na construção do livro de artista.
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2001.

O campo do livro de artista parece realmente se desenvolver pela expressão de sua referência, o próprio livro, com identidade distinta de outras categorias artísticas. O livro como é aqui considerado se presentifica tanto na forma códice, como nas formas de rolo e de sanfona, assim como em qualquer das suas variantes, incluindo a sua própria anulação ou destruição. Na construção dessa categoria, a página é alterada em grau crescente até a exasperação pelo dano, momento em que a violação aos arquétipos é consumada e no qual é caracterizado o abandono do livro gráfico tradicional. O momento mais agudo da página violada é o momento da divisão entre seus teóricos, dos que defendem ou não a manutenção do livro mesmo. (excerto, p. 246)


TSCHICHOLD, Jan.
A Forma do livro.
Tradução de José Laurenio de Melo.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.

Com texto introdutório de Robert Bringhurst, traz ensaios que o renomado tipógrafo e designer alemão Jan Tschichold escreveu entre 1937 e 1974. Aborda, de maneira didática, os vários aspectos da composição tipográfica: página e mancha, parágrafos, grifos, entrelinhamento, tipologias, formatos e papéis, entre outros.


WILSON, Adrian.
The Design of Books.
S. Francisco: Chronicle Books, 1993.
WOLLNER, Alexandre.
Textos recentes e escritos históricos.
São Paulo: Rosari, 2002.
Coleção Textos Design.

Reunião de textos do decano do design brasileiro, um dos fundadores da ESDI, que documentam décadas de design gráfico no Brasil.


ZACZEK, Iain.
William Morris.
Introduction by Dr. Claire I. R. O'Mahony.
Bath (U.K.): Parragon, 2001.

Lindo livrinho que descreve e ilustra vários trabalhos de Morris nas diversas áreas do design e da arte em que exerceu suas habilidades. Destaque para as páginas dedicadas às suas obras caligráficas e tipográficas, assim como à gravura e projeto gráfico.
Indicação de Pat Odber de Baubeta


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· Tipografia & Tipógrafos ·
BICKER, João Manuel; FERRAND, Maria.
A Forma das Letras.
Coimbra: FBA / Almedina, 2000.

Simples, bonito, breve e útil dicionário sobre a anatomia das letras. Ilustrado, também oferece pequena biografia dos grandes tipógrafos e exemplos de seus tipos.

| Excerto |


BLACKWELL, Lewis.
La Tipografia del Siglo XX.
Barcelona: Gustavo Gili, 1997.

Faz uma resenha dos principais designers de tipo desde o fim do século XIX, relacionando as mudanças formais das fontes com as tecnologias de composição e impressão que vão surgindo neste intervalo. Fartamente ilustrado.
Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.


BODONI, Giambattista; BICKER, João Manuel (org.)
Manual Tipográfico.
Tradução de Rita Marnoto.
Coimbra: FBA / Almedina, 2001.

Em linda e despojada edição, o prefácio do célebre tipógrafo italiano ao seu Manuale Tipografico, publicado postumamente por sua viúva em 1818. Ilustrado.

| Edição fac-similar do original italiano (1818) |



J. B. Bodoni, typographe italien (1740-1813).
Tradução e ensaio introdutório de Anne de Margerie.
Paris: Jacques Damase éditeur, 1985.

Versão francesa do prefácio ao Manuale Tipografico, infelizmente bastante resumida. Há, em compensação, fartas e boas ilustrações.

| Excerto traduzido |


BRINGHURST, Robert.
The Elements of Typographic Style.
Hartley & Marks. 2a ed. revista e aumentada, 1997.

Elementos do estilo tipográfico
Tradução e apresentação de André Stolarski.
São Paulo: Cosac Naify, 2005.

Simplesmente o melhor livro que já li sobre o assunto. O mais interessante é que não é apenas um manual de estilo tipográfico, mas uma reflexão sobre o assunto e o autor prova o que diz com o próprio livro! Basta folhear a edição para perceber que tudo o que ele escreve faz sentido. É um livro muito bonito e com uma riqueza de informações fantástica. Imperdível. Essencial.
Indicação e comentário de Georges Kormikiaris


BRINGHURST, Robert.
La Forme solide du langage. Essai sur l'écriture et le sens.
Tradução de Jean-Marie Clarke e Pascal Neveu.
Paris: Ypsilon Éditeur, 2011.

Da interpretação de pegadas de animais à profusão tipográfica dos dias de hoje, esse pequeno ensaio traz uma breve história da escrita acompanhada de reflexões sobre suas relações com o sentido.


BURKE, Christopher.
Paul Renner. The Art of Typography.
New York: Princeton University Press, 1998.

Paul Renner, conhecido designer responsável pela fonte Futura, merece de Burke um trabalho atento de biógrafo, traçando sua carreira e vida.
Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.


CANAVEIRA, Rui.
Dicionário de tipógrafos famosos.
Lisboa: Edição do autor, 2001 (4a ed.).
FRIEDERICHS, Bertram Schmidt.
Typographie par Fournier le Jeune.
Paris, Jacques Damase éditeur, 1991.
FRUTIGER, Adrian.
Sinais e símbolos - desenho, projeto e significado.
Tradução de Karina Jannini.
São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Extensa e excelente obra em que o grande tipógrafo suíço fala de traços, formas, sinais, volumes... A segunda parte, "Os sinais que registram a linguagem", aborda a escrita, sua história, a legibilidade, os caracteres tipográficos, os algarismos e sinais de pontuação.


GILL, Eric.
An Essay on typography.
Boston: David R. Godine, Publisher, 1988.

Ensaio sobre tipografia.
Tradução de Luís Varela. Introdução de Luís Ferreira.
Coimbra: FBA / Almedina, 2003.

"O nome Eric Gill (1882-1940) é conhecido, actualmente, sobretudo como o de um designer tipográfico. Como artista ele seria muito mais do que isso: um escultor, gravador e ilustrador. Foi uma personalidade extraordinária e prolífica, sendo um dos mais controversos e conhecidos artistas em Inglaterra entre as duas guerras mundiais." (Luís Ferreira, na Introdução)
Indicação desta edição portuguesa: Olímpio Ferreira.


| Excerto |


GRUSZYNSKI, Ana Cláudia.
A Imagem da palavra: retórica tipográfica na pós-modernidade
Teresópolis, RJ: Novas Idéias, 2007.

A autora, designer gráfica e professora da FABICO-UFRGS, reflete aqui, a partir de um histórico da transição entre modernidade e pós-modernidade, sobre as mudanças na prática do design gráfico na sociedade contemporânea, além de discutir com muito clareza conceitos como identidade, estilo, cultura gráfica, legibilidade... Fundamental para designers, e também para não-designers desejosos de compreender aquilo que une e separa imagem e palavra, e que ela denomina "retórica tipográfica".


JEAN, Georges.
L'Écriture, mémoire des hommes
Paris: Gallimard, Découvertes, 1987.

História lindamente ilustrada e bastante documentada da escrita, com seu início na Suméria cinco mil anos atrás, o livro fala na evolução das escritas, dos alfabetos, dos materiais e suportes utilizados para seu registro, incluindo interessantes observações acerca das artes do livro. Fala também nos vários ofícios relacionados à escrita, desde os escribas aos decifradores de hieróglifos e alfabetos, passando por tipógrafos, gravadores, impressores.


JOURQUIN, Jacques.
Gutemberg de l’or au plomb.
Paris, Jacques Damase éditeur, 1988.
LAMARTINE, Alphonse de.
Gutenberg, inventeur de l'imprimerie.
Bédée (França): Folle Avoine, 1997.

Pequena biografia de Gutenberg e, conseqüentemente, pequena história da invenção da imprensa, pelo célebre poeta romântico. Publicada originalmente na revista Le Civilizateur em 1953.


LEMAIRE, Gérard-Georges.
Les Mots en Liberté - Futuristes
Paris: Jacques Damase éditeur, 1986.
LETOUZEY, Victor.
La Typographie.
Que sais-je? PUF, 1970.
MACCARTHY, Fiona.
William Morris.
Londres: Faber and Faber, 1994.

Considerada a biografia "definitiva" de William Morris, consegue abarcar em suas quase 800 páginas a trajetória tão multifacetada, e tão prolífera, deste que foi uma das figuras essenciais da Inglaterra novecentista, e tanta influência nos deixou nas artes decorativas e artes do livro dos séculos seguintes.


MANDEL, Ladislas.
Écritures, miroir des hommes et des sociétés.
Méolans-Revel (França): Atelier Perrousseaux, 1998.

Escrituras, espelho dos homens e das sociedades.
Tradução de Constância Egrejas.
Apresentação de Dorothée de Bruchard
São Paulo: Rosari, 2006.

História da escrita em que o autor, húngaro radicado na França e um dos expoentes da tipografia naquele país, desenvolve a tese, amadurecida durante décadas, de que a evolução da escrita pelos milênios e pelas culturas não provém tanto da invenção de novas ferramentas ou suportes, mas é, pelo contrário, o resultado, o "espelho" dos sonhos, das angústias, dos sistemas políticos (permissivos ou autoritários) dos homens e das sociedades.


MANDEL, Ladislas.
Du Pouvoir de l'écriture.
Méolans-Revel: Atelier Perrousseaux, 2004.

Neste seu segundo ensaio, o autor se interroga sobre o processo da criação em geral, da criação da escrita, sobre o "por quê" e o "para quem" de uma nova escrita. Nas épocas clássicas, cada povo tinha a sua escrita própria, que refletia a sua imagem. Hoje, uma proliferação de caracteres tipográficos inunda o mercado mundial. Para Ladislas Mandel, a escrita sob todas as suas formas é uma linguagem completa, uma criação do espírito e ele procura, com suas interrogações, devolver a palavra à escrita.


MCLEAN, Ruari (ed).
Typographers on Type.
New York / Londres: W.W. Norton, 1995.

Ruari Mc Lean reúne neste volume uma antologia de escritos sobre fontes e problemas de design de livros, de responsabilidade dos principais designers de tipo desde William Morris (1875) até Matthew Carter (1990), com algumas ilustrações.
Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.


ROCHA, Claudio.
Projeto Tipográfico - análise e produção de fontes digitais.
São Paulo: Rosari, 2002.
Coleção Textos Design.

Claudio Rocha, designer e grande desenhador de tipos, nos conta neste livro, que é um excelente começo para a compreensão da tipografia, a história e evolução dos tipos, a importância das técnicas, etc, e evidencia nossa necessidade de uma cultura tipográfica.


RUDER, Emil.
Manual de Diseño Tipográfico.
México: Ediciones G. Gili, 1982, 4a ed.
SIRAT, Colette et alii.
Signes Hébraïques — Calligraphies & Typographies.
Paris, Jacques Damase éditeur, 1990.
SATUÉ, Enric.
Aldo Manuzio. Editor, tipógrafo. Livreiro.
Traduzido do catalão por Cláudio Giordano.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.

Belo livro sobre a vida e a obra do grande tipógrafo-editor humanista do século XVI, a quem a arte do livro deve, entre outras, a invenção da letra cursiva, o formato de bolso, a paginação dupla como unidade formal, as coleções temáticas, os conselhos editoriais...


SPENCER, Herbert.
Pioneers of Modern Typography.
Cambridge, Massachussets, The MIT Press, 1990.

COLEÇÃO QUAL É O SEU TIPO?
São Paulo: Rosari.

Com coordenação editorial de Claudio Ferlauto, a coleção, simples, bonita, ilustrada, oferece em cada pequeno volume a história e um estudo de uma fonte tipográfica.


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· Ilustração & Grafismos ·
AMAR, Pierre-Jean.
Histoire de la photographie.
Paris: PUF, 1997.

Destaque, nessa pequena história da fotografia, para o capítulo "La presse, le livre et le photojournalisme".


BUTI, Marco; LETYCIA, Anna (orgs).
Gravura em metal.
São Paulo: Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

Os organizadores resgataram aqui textos desses três artistas, três pólos de irradiação da gravura no Brasil: Carlos Oswald, Mário Dóglio e Francesc Domingo. Textos que aliam caráter histórico e aspecto técnico - trazem informações diversas sobre métodos e instrumentos utilizados pelo gravador, o manejo de tintas e vernizes, a preparação do local de trabalho etc., além de outros aspectos como os gêneros e modalidades de gravura existentes, entre elas a água-forte, a água-tinta, a heliogravura, a eletrogravura. Há ainda depoimentos de Antonio Francisco Albuquerque e Roberto Grassman, dois impressores com larga experiência no ofício, que detalham os processos de impressão da gravura em metal.


CIRNE, Moacy (org).
Quadrinhos: Sedução e Paixão.
Petrópolis: Vozes, 2000.

É um livro-reflexão sobre algumas das questões — em arte e literatura — mais pertinentes da atualidade, tomando como centro de sua abordagem crítica o mundo gráfico e temático das histórias-em-quadrinhos.


CRANE, Walter.
The decorative illustration of books.
Londres: Senate, 1994.

Pequena história da ilustração dos livros, da Idade Média ao livro moderno, publicada pela primeira vez em 1896. Várias ilustrações, selecionadas pelo autor, um dos maiores ilustradores ingleses de seu tempo.

| Excerto |


DEBAT, Michelle (org).
La Photographie et le livre - analyse de leurs rapports multiformes, nature de la photographie, statut du livre.
Paris: Trans Photographic Press, 2003.

Textos de diversos autores abordando a relação entre a fotografia e o livro (fotografia e ilustração, usos editoriais da fotografia, fotografia e imprensa, etc).


FABRIS, Annateresa (org).
Fotografia - usos e funções no século XIX.
São Paulo: Edusp, 1998.

O impacto da invenção da fotografia e seu desenvolvimento num quadro de grandes transformações sociais e tecnológicas, tanto no contexto europeu quanto em suas implicações no Brasil, é o ponto de partida dos diversos estudos reunidos neste livro, que abordam tópicos como as dificuldades de legitimação artística da nova técnica, suas relações com os meios tradicionais de representação de imagens (como a pintura, o desenho e os diversos tipos de gravura) ou a utilização da reprodução fotográfica na imprensa ilustrada.


FERREIRA, Orlando da Costa.
Imagem e Letra: introdução à bibliologia brasileira - a imagem gravada.
São Paulo: EDUSP, 1994, 2a ed.
FONSECA, Joaquim da.
Caricatura - a imagem gráfica do humor.
Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999.

Verdadeira obra de referência, o livro conceitualiza a caricatura em suas diversas manifestações (charge, cartum, quadrinhos, desenho animado), descreve suas técnicas e procedimentos, além de traçar sua história, desde que surgiu até nossos dias, destacando as principais escolas e artistas. Inclui capítulos específicos sobre a caricatura no Brasil.


GROJNOWSKI, Daniel.
Photographie et langage.
Paris: José Corti, 2002.

Ensaio sobre as relações entre a fotografia e o texto literário, jornalístico ou crítico.


KOSSOVITCH, Leon; LAUDANNA, Mayra; RESENDE, Ricardo (textos).
Gravura - arte brasileira do século XX.
São Paulo: Cosac & Naify / Itaú Cultural, 2000.

A partir da pesquisa sobre o universo da gravura tradicional brasileira (Leon Kossovitch e Mayra Laudanna) e sobre os desdobramentos recentes das técnicas de gravação (Ricardo Resende), o livro registra o trabalho de artistas que fizeram a história de nossa gravura, muitos deles integrando inclusive a história de nosso livro ilustrado — Goeldi, por exemplo.


LESSA, Verônica; SALGADO, Moema; SERRA, Elizabeth D’Angelo (orgs.).
Brazil. Countless Threads. Countless Tales.
Rio de Janeiro: FBN / FNLIJ, 2014.

Catálogo da exposição homônima exibida na Feira de Bolonha de 2014, apresenta o trabalho de diversos ilustradores brasileiros, enquanto os textos introdutórios (apenas em inglês) trazem um sucinto panorama de nossa literatura infantil e juvenil.

| versão digital |


MACHADO, Ubiratan.
A Etiqueta de livros no Brasil: subsídios para uma história das livrarias.
São Paulo: Imprensa Oficial / Oficina do Livro / Edusp, 2004.

Como os tipógrafos (que criaram as insígnias, impressas nos livros) e os colecionadores de livros (que criaram os ex-libris), os livreiros também buscaram com o uso das etiquetas uma forma de estampar nos livros a identificação de suas atividades.
Ubiratan Machado pesquisou milhares de etiquetas de diversas livrarias de todo o país e nos apresenta um pouco da história das livrarias desde o século XIX até nossos dias. "Em sua humildade, as etiquetas mantêm viva a lembrança de livrarias desaparecidas, retratam aspectos curiosos do processo de comercialização do livro, desvendam práticas comerciais, hábitos sociais, técnicas promocionais muitas vezes rudimentares, e até a receptividade ou resistências a conquistas ideológicas".


MARTINS FILHO, Plínio (org.).
Ex-Libris - Coleção Livraria Sereia de José Luís Garaldi.
Prefácio de Dorothée de Bruchard.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2008.

Linda edição, apresenta coleção quase toda formada por exemplares brasileiros, em reprodução a cores de qualidade.
O prefácio traz uma pequena história do ex-libris.


| Prefácio |


MEDIAVILLA, Claude.
L'ABCdaire de la Calligraphie.
Paris: Flammarion, 2000.

Pequena história ilustrada da caligrafia.


MONTEIRO, D. Salles.
Catálogo de clichês.
Apresentação de Plínio Martins Filho.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

Edição fac-similar do catálogo de clichês da empresa carioca D. Salles Monteiro, provavelmente datado do início do século XX. Obra de raro valor documental, por reproduzir boa variedade de elementos tipográficos, vinhetas decorativas e simbólicas, filetes, e diversos elementos e códigos da comunicação impressa da época.


MONTEIRO, Rosana Horio.
Descobertas múltiplas - a fotografia no Brasil (1824-1833).
São Paulo: Fapesp; Campinas: Mercado de Letras, 2001.

No Brasil, onde se estabelecera longe dos grandes centros europeus do período, o francês Hércules Florence (1804-1879) desenvolvia desde 1833 um processo de fixação de imagens a que dava o nome de fotografia. Seu trabalho, interrompido em 1839 quando noticiou-se no Rio de Janeiro a descoberta de Daguerre, ficou esquecido por quase um século.


MOTA MIRANDA, Artur Mário da.
Contemporary international ex libris artists. Vol. 23
Portugal: edição particular, 2016.

O volume, que integra o monumental e extraordinário projeto concebido e dirigido pelo ex-librista português Artur Mário da Mota Miranda, apresenta o trabalho de 24 artistas do ex-libris mundo afora - como Katarína Vašícková (Eslováquia), Canan Bilge (Turquia) ou Czeslaw Wos (Polônia), entre outros. Em tiragem limitada de 150 exemplares, traz centenas de ilustrações a cores e p & b, com textos em inglês (alguns em espanhol).

| versão digital |


PAIVA, Eduardo França.
História & imagens.
Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

Os novos historiadores já não tomam a iconografia como simples "ilustração", mas sim como fonte das mais ricas, registro realizado por meio de ícones, de imagens pintadas, desenhadas, gravadas, etc.


PEIGNOT, Jerôme.
Calligraphie - du trait de plume aux contre-écritures.
Paris: Damase, 1983.
PEIGNOT, Jerôme.
Petit traité de la vignette.
Paris: Imprimerie Nationale, 2000.

A vinheta é uma linguagem sob a linguagem, um sussurro. Florões, vinhetas simples ou combinadas, vinhetas figurativas: a tipografia também segue os caprichos da moda. O autor a retraça, com muitas ilustrações, nesta obra lindamente impressa.


PEREIRA, Lauro Ávila (coord).
Última Hora - Série Ilustrações.
Col. "Arquivo em Imagens" no 3.
São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial, 1999.

O projeto "Arquivo em Imagens" visa divulgar o acervo iconográfico do jornal carioca Última Hora. Este 3. volume apresenta uma pequena parte do acervo de ilustrações que, com mais de 2.000 imagens — divididas em três grupos temáticos: Política, Cotidiano e Artes — traz nomes como Henfil, Jaguar, Redi, Octávio, Lan, Nássara.


RAY, Gordon N.
The Art of the French illustrated book - 1700 to 1914.
630 ilustrações p& b.
N.Y., Dover Publications/Pierpont Morgan Library, 1986. (2 vols. em 1)

RAY, Gordon N.
The Illustrator and the book in England - 1790 to 1914.
N.Y., Dover Publications/Pierpont Morgan Library, 1976.

Traz a biografia e descrição bibliográfica do trabalho dos grandes artistas desta época de ouro do livro ilustrado: William Blake, Turner, Constable, Tenniel, W. Morris, Crane, Beardsley... 295 excelentes ilustrações p & b.


SCARINCI, Carlos.
A Gravura no Rio Grande do Sul (1900-1980).
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.
SELIGMAN, Patricia. (callig. de Timothy Noad).
Guide pratique des lettres enluminées.
Dessain et tolra. Paris 1996.

Um manual para pintar iluminuras que também oferece uma boa visão de sua história e vários estilos, fartamente ilustrados.


SPELTZ, Alexander.
Estilos de Ornamentos.
Trad. de Ruth Judice.
SP: Ediouro, s/data.

Com 3765 ilustrações esquemáticas que, embora não muito bem reproduzidas, oferecem um panorama da história do ornamento em várias civilizações, permitindo inclusive a aproximação entre os ornamentos no livro e nas outras artes.


TEIXEIRA, Luiz Guilherme Sodré.
O Traço como texto: a história da charge no Rio de Janeiro de 1860 a 1930.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, 2001.
Col. Papéis Avulsos, 38.

"A história da charge no Rio de Janeiro começa em meados do século XIX com a chegada de imigrantes europeus — pintores, arquitetos, desenhistas —, cujos traços ganham vigor com o exotismo de nossos costumes e a precariedade de nossas instituições" (Primeiro parágrafo da obra)


VAN DER LINDEN, Sophie.
Para ler o livro ilustrado.
Trad. de Dorothée de Bruchard.
SP: Cosac Naify, 2011.

A autora analisa, pela observação de centenas de livros ilustrados, a relação entre a palavra escrita e a imagem narrativa na leitura dos livros.


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· Encadernação, Conservação & Restauro ·
CASSARES, Norma Cianflone (com a colaboração de Cláudia MOI).
Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas.
São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial, 2000.

O objetivo deste manual é oferecer informações básicas e práticas a profissionais que atuam direta ou indiretamente em acervos de bibliotecas e arquivos. Para permitir que profissionais sem treino ou experiência na área possam cooperar de forma eficiente com equipes de conservação das instituições, traz conceitos, informações, instruções, além de bibliografia, glossário, lista de endereços úteis.


CASTELO BRANCO, Zelina.
Encadernação - história e técnica.
São Paulo: Hucitec, 1978.
MONJE AYALA, Mariano.
El Arte de la Encuadernación
Madrid, Clan Librería-Editorial, 1998.

Mais do que um manual de encadernação, excelente obra de referência: descreve os instrumentos, as técnicas, e traz sobretudo uma boa história desta arte, exemplos ilustrados de estilos, comparação com ornamentos em outras artes, etc.
Indicação de Pedro de Souza


PALETTA, Fátima A. Colombo; YAMASHITA, Marina Mayumi.
Colaboração de Débora Ferrazoli PENILHA
Manual de higienização de livros e documentos encadernados
São Paulo: Hucitec, 2004.

Em linguagem simples, o manual sugere procedimentos que ajudam na conservação do patrimônio documental, retardando ou impedindo a deterioração de acervos e documentos de papel.


PRATT, Guy A.
A Arte de encadernar.
Trad. Álvaro Mariz de Andrade.
S. Paulo: Lep, 1956.

RIGAUT, Henriette.
La Reliure - comme un professionnel.
Paris: Ed. Fleurus, 1989.


Preservação e Restauração de documentos - Quatro Estudos.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos - 33, 2000.

"Proteção ambiental de livros e material afim", "A Composição físico-química do papel", "Recuperando História: um processo de doação de sesmarias", "Restauração de obras de arte sobre papel com pigmento de baixa estabilidade" são os trabalhos apresentados neste volume.



Manual de encadernação - manual do formador
Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional, s/d.

A primeira parte traz uma história do livro e uma história da encadernação, sucintas mas ricas em informações, enquanto a segunda descreve passo a passo as técnicas de encadernar. A obra, ilustrada, traz também um glossário.

| Versão digital |


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· Bibliofilia, Bibliotecas & Sebos ·
ABREU, Regina.
A Fabricação do Imortal - memória, história e estratégias de consagração no Brasil.
Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

O livro, com mais de 100 fotografias de objetos e cenas do início do século XX, focaliza a coleção do político republicano Miguel Calmon du Pin e Almeida, Ministro da Viação do Governo Afonso Pena. A Coleção reúne um conjunto completo de obras de arte, recolhida ao Museu Histórico Nacional em 1936, e revelou-se uma fonte para os estudos dos primeiros anos da República no Brasil — especialmente sobre as elites que transformaram a feição do país na virada do século, introduzindo hábitos e costumes europeus com a pretensão de fazer da capital federal uma "Paris dos trópicos".
Destaque para o capítulo XI, "Um Homem de Letras", que apresenta a biblioteca formada por luxuosos volumes de edições francesas e britânicas.


ANTUNES, Cristina; BRUCHARD, Dorothée de (org)
Memórias de uma guardadora de livros - com Cristina Antunes.
Entrevista a Cleber Teixeira e Dorothée de Bruchard.
Prefácio de Ana Luiza Martins.
Florianópolis: Escritório do Livro / SP: Imprensa Oficial, 2004. Col. Memória do Livro, 3.

| Veja Mais |
| Resenha de Marlova Aseff |
| Resenha de Miguel Sanches Neto |
| Resenha de Sônia van Dijck |
| Excerto |


BARRIÈRE, Didier.
Nodier, l'homme du livre - le rôle de la bibliophilie dans la littérature.
Bassac: Plein Chant, 1989.

Completíssimo e detalhado estudo sobre a vida, a obra e a influência de Charles Nodier, escritor e bibliófilo francês do século XIX.


BATTLES, Matthew.
A Conturbada história das bibliotecas.
Trad. de João Vergílio Gallerani Cuter
São Paulo: Planeta, 2003.

A história das bibliotecas tem pouca semelhança com a placidez de um salão de leitura. Envolve desfechos violentos e interrupções abruptas, espelho de momentos cruciais vivenciados pela humanidade. O leitor é convidado pelo autor, bibliotecário, a visitar diversas bibliotecas (da Babilônia, da Alexandria, a de Jonathan Swift, a do Congresso, a do gueto de Vilna) num relato fascinante que une informações técnicas e precisão histórica.


BESSONE, Tânia Maria.
Palácio dos Destinos Cruzados: bibliotecas, homens e livros no Rio de Janeiro (1870-1920).
RJ: Arquivo Nacional, 1999.
Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 1997.

Eles eram loucos por livros. Alguns chegavam a gastar o que podiam e não podiam comprando as últimas novidades na Laemmert ou na Garnier, as principais livrarias de um Rio de Janeiro em que, na virada do séc. XIX, leitura era um prazer e, sobretudo, um privilégio de poucos. Esses leitores e bibliófilos de primeira hora é que fazem a História desta obra. Mergulhada por cinco anos em inventários, almanaques e cartas, a historiadora Tânia Bessone traça um painel fascinante do momento em que o livro passou a ocupar seu devido lugar na sociedade brasileira, num livro que é um discreto épico da construção da identidade intelectual do país a partir da formação de suas estantes.
(Paulo Roberto Pires, O Globo, Prosa & Verso, 8/1/2000).


BLASSELLE, Bruno; MELET-SANSON, Jacqueline.
La Bibliothèque nationale de France - Mémoire de l'avenir.
Paris: Gallimard, Découvertes, 1990.

A história da Biblioteca Nacional francesa, desde suas origens (a biblioteca dos reis) até a recente inauguração da sede "François Mitterrand" e da biblioteca virtual Gallica. Lindamente ilustrada, narrada por seu conservador geral e uma de suas diretoras.


BRAGANÇA, Aníbal et alli.
O Consumidor de livros de segunda mão. Perfil do cliente dos sebos.
São Paulo: ECA / USP, 1992 (inédito em livro).

| Excerto |
| Texto integral |


BURY, Richard de.
Philobiblon.
Tradução, apresentação e glossário de Marcello Rollemberg.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.

Escrita em 1344 pelo reverendo Richard de Bury, ex-bispo de Durhan e chanceler do rei inglês Eduardo III, a obra fala sobre o cuidado a se tomar com os livros, com as leituras, sobre normatização de empréstimos em bibliotecas, etc. Um livro para amantes do livro.


CABRAL, Maria Luísa.
Bibliotecas, acesso, sempre.
Lisboa: Edições Colibri, 1996.

Profundamente envolvida com a automatização da Biblioteca Nacional e outras bibliotecas portuguesas, a autora reúne aqui uma série de artigos publicados na imprensa de Portugal sobre os problemas das bibliotecas e do acesso à informação. O prefácio é da brasileira Esther Caldas Guimarães Bertoletti, consultora em documentação da Fund. Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.


CANFORA, Luciano.
A Biblioteca desaparecida - histórias da biblioteca de Alexandria.
Tradução de Federico Carotti.
SP: Companhia das Letras, 3a reimpr, 2001.

Ptolomeu Filadelfo quer reunir todos os livros do mundo; o califa Omar pretende queimá-los todos, salvo o Corão. Entre esses dois sonhos, nasceu e foi destruída a monumental biblioteca de Alexandria, cidade que por mais de mil anos serviu de capital cultural do Ocidente.
Para narrar a história dessa imensa coleção de livros, Luciano Canfora retoma uma antiga técnica dos bibliotecários de Ptolomeu, a montagem e a reescritura das fontes, fundidas numa prosa aparentemente romanceada, mas na realidade baseada, quase que frase por frase, nos textos antigos. A história da maior biblioteca do mundo se confunde assim com a história dos livros que acumulou e dos livros que a descreveram.


COELHO, Beatriz Amaral de Salles et al.
Catálogo dos Periódicos da Coleção Plínio Doyle.
RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, 2000. 2a ed. revista e ampliada.

Aqui se encontram indexados 1.788 títulos de jornais e revistas, alguns constituindo dezenas de tomos, da Coleção Plínio Doyle, incorporada à Biblioteca da Casa de Rui Barbosa. Merecem destaque, por sua raridade: O Arlequim, O Bezouro, Dom Quixote, Minerva Brasiliense, Psit, Revista Ilustrada. Ordenados por ordem alfabética segundo grafia atualizada, os títulos são apresentados também na grafia original. Completam a publicação dois índices, um de local e outro dos diretores, colaboradores e redatores.


DELGADO, Maria Cristina.
Cartografia sentimental de sebos e livros.
Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Explorando o universo dos alfarrábios e assim contribuindo para o resgate da história dos sebos no Brasil, a obra revela a riqueza de práticas cotidianas desses espaços que guardam a história da circulação do livro e da leitura. Fazem-se aqui presentes, com suas surpreendentes histórias de paixão pelo livro raro e usado, os colecionadores, as viúvas, os ratos de bibliotecas, os ácaros e traças.


DOYLE, Plínio.
Uma Vida.
RJ: Casa da Palavra / Fund. Casa de Rui Barbosa, 1999.

Em conversas com Isabel Lustosa e Homero Senna (e a participação de Rachel Valença), Plínio Doyle conta, com mais de 90 anos de idade, suas memórias de bibliófilo, leitor, idealizador do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, criador do Sabadoyle - reuniões semanais que se repetiram ao longo de 34 anos. O relato inclui histórias de sua biblioteca de 25 mil volumes.


HERKENHOFF, Paulo.
Biblioteca Nacional: a história de uma coleção.
Rio de Janeiro: Salamandra, 1997.
HUE, Sheila Moura; PINHEIRO, Ana Virginia (orgs).
Catálogo dos Quinhentistas Portugueses na Biblioteca Nacional.
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2004. 2a ed.
LAKE, Carlton.
Confessions of a Literary Archaeologist.
NY: New directions, 1990.

"Conta, em onze capítulos profusamente ilustrados, as aventuras de um bibliófilo cujo interesse pela literatura francesa de fins do século XIX e inícios do XX passou do colecionismo individualista para a organização institucional: o resultado de suas buscas por manuscritos e primeiras edições constitui hoje o núcleo principal da famosa Ransom Collection do Humanities Research Center da University of Texas, Austin, de que ele é o curador executivo." (João Alexandre Barbosa, in Entre Livros, SP: Ateliê, 1999.)
Indicação de José Mindlin


LUCAS, Clarinda Rodrigues.
Leitura e interpretação em biblioteconomia.
Campinas: Editora da Unicamp, 2000.

Partindo da verificação do imaginário que cerca a figura do bibliotecário, a obra recupera o papel deste profissional na construção da memória, como representada nas bibliotecas, nos arquivos, procurando verificar o lugar do bibliotecário na divisão social do trabalho de leitura.


MILANESI, Luís.
Biblioteca.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.

Esse texto foi primeiramente editado em 1983 na famosa Coleção Primeiros Passos da Editora Brasiliense, com o título O que é Biblioteca? Menos de uma década depois de sua primeira edição, a obra consultada por todos os estudantes da área já se desatualizava com as rápidas mudanças ocorridas no final do século XX, quando afigurou-se um novo quadro para a coleta, organização e disseminação da informação. A maior transformação foi o surgimento da Internet e das tecnologias de acumulação e acesso à informação. Muitos até decretaram precipitadamente o fim das bibliotecas, mas os avanços tecnológicos só contribuíram para a expansão virtual de seu modelo formal. Indispensável para qualquer profissional em Biblioteconomia, a obra oferece uma visão particular de "o que será" a biblioteca.


MILANESI, Luís.
A Casa da invenção.
São Paulo: Ateliê Editorial, 4. ed, 2003.

Com o advento das novidades tecnológicas do final do século XX as bibliotecas, para ocuparem um espaço maior na sociedade, deverão estender sua função para além do seu objetivo tradicional de "informar", já que isso será feito com mais eficiência pela internet. Elas deverão ter como desafio "discutir a informação" e "criar novas informações".


MINDLIN, José.
Memórias esparsas de uma biblioteca.
Entrevista a Cleber Teixeira e Dorothée de Bruchard.
Prefácio de Cleber Teixeira.
Florianópolis: Escritório do Livro / SP: Imprensa Oficial, 2004. Col. Memória do Livro, 2.

| Veja Mais |
| Resenha de Marlova Aseff |
| Resenha de Miguel Sanches Neto |
| Resenha de Sônia van Dijck |


MINDLIN, José.
Uma Vida entre Livros - Reencontros com o Tempo
São Paulo: Edusp / Companhia das Letras, 1997.

Não faço nada sem alegria - a biblioteca indisciplinada de Guita e José Mindlin.
São Paulo: Museu Lasar Segall, IPHAN, MinC, 1999.

Catálogo da exposição realizada no Museu Lasar Segall, em São Paulo, de outubro a dezembro de 1999, apresenta obras selecionadas da biblioteca de Guita e José Mindlin. Textos de Carlos Wendel de Magalhães, Marcelo Mattos Araújo, Antonio Candido de Mello e Souza e José Mindlin.



José conta suas histórias.
Bauru/SP: Edusc / São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

Fac-símile de obra originalmente escrita e ilustrada por 16 crianças de 6 e 7 anos, da Escola Viva de SP, relatando a visita que fizeram à biblioteca de José Mindlin.


MORAES, Rubens Borba de.
O Bibliófilo Aprendiz ou Prosa de um velho colecionador
para ser lida por quem gosta de livros, mas pode também servir de pequeno guia aos que desejam formar uma coleção de obras raras antigas ou modernas

Brasília: Briquet de Lemos / RJ: Casa da Palavra, 1998, 3. ed.
MORAES, Rubens Borba de.
Livros e Bibliotecas no Brasil colonial.
RJ: LTC; SP: SCCT/SP, 1979.
SCHWARCZ, Lilia Moritz.
com Paulo Cesar de AZEVEDO e Angela Marques da COSTA.
A Longa viagem da biblioteca dos reis - do terremoto de Lisboa à independência do Brasil.
SP: Companhia das Letras, 2002.

A história da Real Biblioteca portuguesa, que deu origem à Biblioteca Nacional brasileira, contada a partir de sua destruição no grande terremoto de Lisboa, em 1755. A narrativa, enriquecida de mais de 400 ilustrações, acompanha a reconstrução do acervo feita pelo marquês de Pombal e chega até a Independência do Brasil, quando d. Pedro I adquiriu a coleção.


SILVA, Zélia Lopes da (org).
Arquivos, patrimônio e memória - trajetórias e perspectivas.
SP: Ed. Unesp, 1999.

Conjunto de textos que tratam de diferentes dimensões da memória coletiva do país, de questões que debatem, na atualidade, a preservação dos acervos documentais e a disponibilização das informações aos usuários, de forma rápida e segura. A obra permite ao leitor acompanhar o debate travado nas universidades e outras instituições de pesquisa sobre a preservação do patrimônio documental e a ação desenvolvida por esses centros.


SOUZA, Francisco das Chagas.
Biblioteconomia, educação e sociedade.
Florianópolis: Edufsc, 1993.

Reflexão sobre o lugar do bibliotecário e da biblioteca no contexto sócio-político-econômico em que se inserem.


STICKEL, Erico. J. Siriuba
Uma Pequena biblioteca particular: subsídios para o estudo da iconografia no Brasil.
Prefácio de Emanoel Araújo. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2004.

Erico Stickel possui uma respeitável biblioteca de títulos publicados no Brasil ou em outros países, que têm em comum o olhar sobre a cultura brasileira em seus aspectos mais variados. A Pequena Biblioteca, doada ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP, é o tema deste livro. Em capa dura, formato grande (23 x 27 cm), ilustrada com mapas, aquarelas, gravuras e desenhos – muitos dos quais inéditos –, a obra traz aos leitores um pouco da história de formação da biblioteca, sempre enriquecida com os comentários do autor, que é advogado, colecionador de arte brasileira e bibliófilo. A relação com os livros de Erico Stickel, hoje com 84 anos, vem desde cedo. Ainda muito novo, já convivia com a biblioteca herdada de seu tio-avô, à qual adicionou sua própria coleção, da qual faz parte a "pequena biblioteca" do título do livro. "Eu sempre vivi no meio dos livros. O que era apenas um hobby foi crescendo e virou um livro. São mais de 100 ilustrações e minhas anotações pessoais sobre um conjunto de obras que, se não são raras, são difíceis de encontrar", declara o bibliófilo.
Carlo Carrenho, no PublishNews


THOMAS, Alan G.
Great Books and Book Collectors.
London: Weidenfeld and Nicolson, 1975.

Um experiente sebista inglês conta histórias de manuscritos medievais, incunábulos, grandes fraudes, experimentos editoriais, tudo acompanhado de belas ilustrações.


USHERWOOD, Bob.
A Biblioteca pública como conhecimento público.
Tradutor não identificado.
Lisboa: Editorial Caminho, 1999.

O autor britânico, professor da Universidade de Sheffiels, analisa aqui o papel das bibliotecas públicas na vida social, econômica e política, e sugere que os valores adotados pela sociedade e pelos profissionais das bibliotecas contribuem para moldar o mundo da informação a cuja construção assistimos. Aborda ainda as implicações mais vastas do conceito de "conhecimento público".


VERAS, Dalila Teles; VERAS, Luzia Maninha Teles (orgs).
Alpharrabio 12 anos: uma história em curso
Santo André: Alpharrabio, 2004.

Relato das atividades da livraria/sebo Alpharrabio, também Casa de Cultura, de exposições, debates, e arquivo no ABC paulista, nos seus 12 primeiros anos de existência. Contém textos, entrevistas, fotos.



Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin.
Introdução e comentários de José Mindlin.
São Paulo: Fapesp / Edusp: Rio de Janeiro: Fund. Biblioteca Nacional, 2005.
2 volumes, ilustrados a cores, acondicionados numa caixa;
Formato 25 x 31 cm, capa dura.

Linda edição apresentando, com ilustrações e comentários, as preciosidades daquela que é a maior biblioteca privada da América Latina. O primeiro volume é dedicado à Brasiliana, enquanto o segundo mostra alguns incunábulos, raridades da arte tipográfica ou da encadernação, curiosidades várias, assim com literatura estrangeira e história.



Ex-Libris - Coleção Biblioteca Pública do Paraná.
Biblioteca Pública do Paraná.
Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

Bela edição com reprodução, a cores, de grande parte dos ex-libris
constantes da Biblioteca Pública do Paraná.

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Biblioteca Nacional - Obras raras.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli.
Textos de Fábio Luiz Borgatti Coutinho, Eduardo Portella e Vera Beatriz Siqueira.

Porto Alegre: MARGS, 2000.

Catálogo da exposição de obras raras da Biblioteca Nacional, realizada em 2000 durante a 46a Feira do Livro de Porto Alegre. O livro retrata edições antigas, outras mais recentes com participação de artistas como Matisse e Goeldi, além de coleções raras de gravuras (Dürer, Goya...) que complementaram a exposição. O texto de Vera Siqueira traz preciosas informações sobre história e estética do livro.



Bibliotheca Universitatis.
Universidade de São Paulo. Sistema Integrado de Bibliotecas.
Rosemarie Erika Horch, Márcia Rosetto, Edijanailde Costa Ribeiro (org)

São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 1993 (século XV e XVI) e 2002 (2 vols. século XVII).

A Universidade de São Paulo possui em seus acervos bibliográficos obras antigas e raras, compondo um valioso patrimônio destinado ao ensino e à pesquisa universitários. Parte desse rico acervo encontra-se aqui relacionada: 224 títulos dos séculos XV e XVI, 1 000 volumes do século XVII, com detalhada descrição bibliográfica. Ilustrados.


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· Memória editorial ·
AMORIM, Sônia Maria de.
Em busca de um tempo perdido: edição de literatura traduzida pela Editora Globo (1930-1950).
São Paulo: Edusp / Com-Arte; Porto Alegre: Ed.da UFRGS, 1989.
ANDRADES, Marcelo Fereira de (coord.)
Editora Vozes: 100 anos de história.
Petrópolis: Vozes, 2001.

A primeira parte registra a história cronológica da editora, de sua fundação em 1901 até 2001. A segunda parte é a história da Vozes contada nas entrelinhas da literatura, da cultura, da educação, das ciências sociais, da religiosidade popular, das artes gráficas, da imprensa, da Igreja, da moral, da astronomia, da lingüística, da culinária e dos movimentos sociais e a partir de trajetórias de seus autores: Joaquim Mattoso Câmara, Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Viktor Frankl, Carl Gustav Jung, Leonardo Boff, Frei Boaventura Kloppenburg, Dom Paulo Evaristo Arns, Pierre Weill e Patativa do Assaré e seu legado são comentados por especialistas. Ricamente ilustrado, com projeto gráfico elaborado pelo artista francês Zaven Paré, o livro contribui para a história das editoras brasileiras — procura inclusive apresentar, para cada período abordado, uma descrição dos processos e condições da escrita, de produção editorial e de leitura.


ARAÚJO, Nélson de.
Editoração: ato de amor ao livro.
Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1997.

Nesta palestra, proferida em setembro de 1990 quando do I Encontro de Editoração da Bahia, o escritor, jornalista, professor, editor, pesquisador, fotógrafo Nélson de Araújo (1926-93) relata sua trajetória como editor, desde o período em que assessorou Manoel Pinto de Aguiar, dono da Livraria Progresso Editora, até sua experiência como proprietário do selo Edições do ViceRey. O livro traz ainda a participação, no debate que se seguiu, de Nélson Cerqueira, Gustavo Falcón, Luis Guilherme, Myriam Fraga, Gil Francisco, Flávia Garcia Rosa e Matilde Schnitman.
Indicação de Sérgio Mattos


AZEVEDO, Carmem Lucia; CAMARGOS, Márcia; SACCHETTA, Vladimir.
Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia.
São Paulo: Editora Senac, 1998.
Vencedor, em 1998, dos prêmios Jabuti Ensaio e Biografia & Livro do Ano / Não-Ficção

Fotobiografia apoiada em farta documentação iconográfica. Destaque para o capítulo "Revolução editorial", retrato do Monteiro Lobato editor que revolucionou o setor no Brasil nas décadas 1910-20.
Há dois formatos: uma edição ilustrada e outra, compacta, contendo apenas os textos.


| Orelha |


BARSANTE, Cássio Emmanuel.
A vida ilustrada de Tomás Santa Rosa.
RJ: Fundação Banco do Brasil / Bookmakers, 1993.

Indicação de Egeu Laus


BERTASO, José Otávio.
A Globo da Rua da Praia.
Porto Alegre: Globo, 1993.
BERTHIER, Patrick (ed.)
Balzac et l'imprimerie.
Paris: Imprimerie Nationale, 1999.

Antologia, comentada pelo organizador, de textos de Balzac relacionados à sua experiência de 15 anos como editor e tipógrafo.


BRITO, Mário da Silva (org.)
Martins: 30 anos.
São Paulo: Martins, 1967.
BRUCHARD, Dorothée de (org.); MALHEIROS, Eglê; MIGUEL, Salim.
Memória de Editor - com Salim Miguel & Eglê Malheiros
Entrevista a Tânia Piacentini e Dorothée de Bruchard.
Florianópolis: Escritório do Livro / IOESC, 2002. Col. Memória do livro, 1.

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| Resenha |
| Excerto |


BUFREM, Leilah Santiago.
Editoras Universitárias no Brasil - uma crítica para a reformulação da prática.
São Paulo: Edusp / Com-Arte; Curitiba: Ed.da UFPR, 2001.

Análise da atividade das editoras universitárias, que hoje ocupam um lugar significativo no setor editorial brasileiro. Apoiada na noção de campo de produção cultural de Bourdieu, Leilah Bufrem estuda o contexto em que surgiram e se estabeleceram, sua construção de padrões próprios de produção, as relações entre as editoras — em sua maioria de caráter público — e as instituições de ensino a que estão ligadas. Mostrando as características que as distinguem como geradoras de um tipo específico de valor cultural, elabora propostas para uma política editorial universitária atualizada.


CAVALHEIRO, Edgard.
Monteiro Lobato, Vida e Obra.
São Paulo: Cia. Distr. Livros / Nacional, 1955, 2 v.
CRENI, Gisela.
Editores artesanais brasileiros.
Prefácio de Sandra Reimão.
Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

Esse belo e raro trabalho revela, em muitos casos através de entrevistas, o legado editorial de João Cabral de Melo Neto, Manuel Segalá, Geir Campos, Thiago de Mello, Pedro Moacir Maia, Gastão de Hollanda e Cleber Teixeira.

| Orelha |


EPSTEIN, Jason.
O Negócio do Livro - passado, presente e futuro do mercado editorial.
Tradução de Zaida Maldonado.
Rio de Janeiro: Record, 2002.

Série de palestras proferidas na Biblioteca de Nova York pelo protagonista de uma das mais criativas e marcantes carreiras do mercado editorial norte-americano. Eloqüente testemunho que combina história e memória com uma análise sobre a crise, os desafios, os impasses e as oportunidades da indústria do livro.

| Resenha de Aníbal Bragança |


FÉLIX, Moacyr (org.)
Ênio Silveira, arquiteto de liberdades.
RJ: Bertrand Brasil, 1998.
FELTRINELLI, Carlo.
Feltrinelli: editor, aristocrata e subversivo
Tradução de Romana Ghirotti Prado.
SP: Conrad, 2006.

Herdeiro de uma das mais tradicionais famílias do capitalismo milanês, Giangiacomo Feltrinelli fundava, após a II Guerra, a editora Feltrinelli, responsável pela edição italiana de autores como Saul Bellow, Henry Miller e Jack Kerouac, e pela publicação internacional do best-seller Doutor Jivago, de Boris Pasternak, censurado pela URSS. Paralelamente à vida de editor, era um ativo militante de esquerda, mesmo depois de sair do PC italiano. Mas enquanto era amigo de Fidel Castro e embrenhava-se na guerrilha no mato boliviano logo antes da morte de Che Guevara, não deixava de lado suas mansões, iates e a vida do jet set europeu. A biografia dessa vida agitada e contraditória é uma homenagem de seu filho Carlo Feltrinelli, que perdeu o pai aos 10 anos de idade e assumiu seu lugar na editora.


FERREIRA, Jerusa Pires (org.)

COLEÇÃO EDITANDO O EDITOR
São Paulo: Edusp / Com-Arte.

FONSECA, Fernando Taveira da.
Com José ANTUNES, Irene VAQUINHAS, Isabel Nobre VARGUES, Luís Reis TORGAL e Fernando J. REGATEIRO.

Imprensa da Universidade de Coimbra - uma história dentro da História.
Coimbra: Imprensa da Universidade / Almedina, 2001.

Os vários autores recontam a história da Imprensa da Universidade de Coimbra, desde seus inícios em 1537 até nossos dias, passando pela Reforma Pombalina, a República, sua extinção durante o Estado Novo e a retomada das atividades em 1998.


FRIAS, José Maria Corrêa de.
Memória sobre a tipografia maranhense.
São Paulo: Siciliano, 2001. No catálogo da Editora Arx.

Originalmente publicada para a Exposição do Rio de Janeiro de 1866, a obra retrata "um período de ouro na história da imprensa no Maranhão", a segunda metade do século XIX, quando aquela província era um dos principais centros editoriais do país, descrevendo as tipografias, o material empregado, os trabalhos tipográficos, etc.


GIORDANO, Cláudio.
Monteiro Lobato Editor.
São Paulo: Editora Giordano / ABER, 1996.

Um perfil de Monteiro Lobato editor, através do levantamento feito em cima de acervo de pouco mais de uma centena de obras por ele editadas e cujos exemplares foram comprados em sebo. Ilustrado.


GONDIM, Eunice Ribeiro.
Vida e Obra de Paula Brito.
RJ: Brasiliana, 1965.
KIKUCHI, Tereza (org.)
José Mindlin, editor.
São Paulo: Edusp, 2004.

José Mindlin é conhecido e respeitado como um dos mais importantes bibliófilos brasileiros. No entanto, poucas pessoas sabem do seu trabalho como editor de livros. Esta obra, belamente ilustrada, apresenta a experiência editorial de José Mindlin. Acompanha um DVD.


KOSHIYAMA, Alice Mitika.
Monteiro Lobato, intelectual, empresário, editor.
São Paulo: T. A. Queiroz, 1982.
São Paulo: Edusp / Com-Arte, 2006.

Mais uma bem-vinda iniciativa da Edusp em prol de nossa memória editorial. Somando-se à extensa bibliografia sobre Monteiro Lobato, o livro destaca-se e adquire importância singular ao estudar a importância do escritor para a indústria editorial no Brasil, tomando como pano de fundo a formação do mercado consumidor de livros no país, desde os tempos coloniais.


LAJOLO, Marisa.
Monteiro Lobato, a modernidade do contra.
São Paulo: Brasiliense, 1985.
LAJOLO, Marisa.
Monteiro Lobato: um brasileiro sob medida.
São Paulo: Moderna, 2000.

"A mudança de papéis vividos por Monteiro Lobato é paulatina e irreversível. Foi primeiro aprendiz de escritor, colaborador de jornaizinhos estudantis e insignificantes. Depois, escritor de verdade, colaborador de jornais e revistas de prestígio. Depois escritor-editor de si mesmo, e finalmente editor de obras alheias. A travessia de um pólo a outro não se fez sem impasses, hesitações, remorsos. Os sentimentos de Monteiro Lobato em face de sua própria trajetória são ambíguos e complexos..." (excerto, p. 33)


MARTINS, José de Barros.
Dez anos de atividades editoriais.
São Paulo: Martins, 1950.
MARTINS FILHO, Plínio; ROLLEMBERG, Marcello.
Edusp - um projeto editorial
São Paulo: Imprensa Oficial, 2001.

"Este livro foi escrito para registrar a experiência de implantação na Edusp de um projeto editorial próprio. Pretende ser também um documento sobre o funcionamento da editora, em todos os setores de atuação, e sobre o processo de produção de livros, desde a recepção primeira de um original até o acompanhamento gráfico, desde o relacionamento com o autor até a distribuição comercial e o funcionamento de livrarias. (...) A Edusp tem sido, indiscutivelmente, uma escola teórica e prática do ofício e da arte de fazer livros. Porém, mais do que ensinar a fazer, estimula — seguindo a prática acadêmica — um certo grau de experimentação e inovação no campo editorial, e a reflexão sobre a produção do livro e seu lugar particular no mundo contemporâneo. (...) Editar livros é um desafio permanente. Garantir um espaço para pensar o livro e manter uma editora de alto padrão intelectual e acadêmico é uma tarefa que tem na Universidade um lugar privilegiado."
(Plinio Martins Filho, na apresentação).


MATOS, Felipe.
Uma Ilha de leitura - notas pra uma história de Florianópolis através de suas livrarias, livreiros e livros (1830-1950).
Florianópolis: EdUFSC, 2008.

O surgimento das primeiras tipografias, publicações e livrarias - a obra é uma introdução à história da circulação de livros em Santa Catarina, assim como das suas práticas de leitura e do que pode ser entendido como um "circuito do livro".

| Excerto |


PAUVERT, Jean-Jacques.
La Traversée du livre.
Paris: Viviane Hamy, 2004.

Fascinante relato autobiográfico do polêmico editor francês Jean-Jacques Pauvert — primeiro editor da obra completa de Sade, de Histoire d'O, entre outros — desde o início de sua carreira em 1941, na Gallimard, até maio de 68. Belamente ilustrado.

| Excerto |


PEREIRA, Francisco José (org.)
Nosso homem do livro - Odilon Lunardelli.
Florianópolis: União Brasileira dos Escritores-SC, 1999.

Depoimentos de vários autores, Salim Miguel e Flávio José Cardozo entre eles, que constituem uma homenagem póstuma ao livreiro e editor florianopolitano.


PETERSON, William S.
The Kelmscott Press - A History of William Morris's Typographical adventure.
University of California Press, 1991.

Análise detalhada da trajetória da Kelmscott Press, assim como da estética de Morris no contexto da edição vitoriana. 101 ilustrações. A melhor e mais completa obra sobre o assunto.


PROUST, Marcel; GALLIMARD, Gaston.
Correspondência.
Introdução de Pascal Fouché.
Tradução de Helena B. Couto Pereira.
São Paulo: Ars Poética / Edusp, 1993.

Cartas trocadas (1912-1922) entre Proust e seu editor Gaston Gallimard.


SCHIFFRIN, André.
L'édition sans éditeurs.
Trad. do inglês por Michel Luxembourg.
(França): La Fabrique éditions, 1999.

Itinerário da Pantheon Books, fundada em N.York em 1941, sendo um dos sócios Jacques Schiffrin, fundador da Pléiade. A Pantheon torna-se uma prestigiosa editora, que será comprada pela Random House, por sua vez comprada por Newhouse.... Num momento de concentração maciça da edição global, esta é uma pequena obra reveladora e salutar, indispensável aos que vêem no livro mais do que um "produto".


TORRESINI, Elizabeth Rochadel.
Editora Globo. Uma aventura editorial nos anos 30 e 40.
SP: Edusp / Com-Arte; Porto Alegre: Ed. da Ufrgs, 1999.

Como pôde aparecer no Rio Grande do Sul, fora do eixo Rio-São Paulo, uma editora do tamanho e da importância da Editora Globo ainda na década de 1930? Este livro mostra que a indústria cultural no Brasil não é fenômeno recente.


UNSELD, Siegfried.
O autor e seu editor.
Tradução de Áurea Weissenberg.
Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

Entre os diversos problemas que cercam a atividade editorial, um dos mais importantes e delicados é o da relação entre o autor e o editor. O autor desenvolve aqui uma análise histórica da vida editorial de quatro grandes autores de língua alemã: Rilke, Brecht, Hermann Hesse e Robert Walser, que resulta num competente estudo sobre o papel cultural do editor.


VERISSIMO, Erico.
Um certo Henrique Bertaso - pequeno retrato em que o pintor também aparece.
Prefácio de Luis Fernando Veríssimo.
Porto Alegre: Editora Globo, 1973.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

O autor relata sua experiência como tradutor e autor na Editora gaúcha, e sua convivência com seu proprietário, Henrique Bertaso.


VERISSIMO, Erico.
Breve crônica duma editora da província.
Santa Maria/RS: Editora UFSM, 2000.

Balzac - imprimeur et défenseur du livre.
Paris: Paris-Musées / Editions des Cendres, 1995.

Obra coletiva, com prefácio de Judith Meyer-Petit, apresenta ensaios e documentos que analisam a experiência de Balzac como editor e tipógrafo. A obra também contém catálogo da exposição de mesmo nome, realizada na Maison de Balzac, em Paris, 1995-96.


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· Tradução ·
AGUIAR, Rosa Freire d'.
Memória de tradutora.
Entrevista a Dorothée de Bruchard e Marlova Aseff.
Florianópolis: Escritório do Livro / Nut-Ufsc, 2004. Col. Memória do Livro, 4.

| Veja Mais |
| Resenha de Boris Schnaiderman |
| Resenha de Mauri Furlan |
| Excerto |


BALLARD, Michel.
De Cicéron à Benjamin - traducteurs, traductions, réflexions.
Lille: Presses Universitaires de Lille, 1992.

Obra de fôlego, bastante exaustiva e documentada, sobre a história da tradução no Ocidente.


BASSNETT, Susan.
Estudos de Tradução.
Tradução de Vivina de Campos Figueiredo.
Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 2003.

BATAILLON, Laure.
Traduire, Écrire.
Paris: Arcane 17 / ATLF / Meet, 1991.

Textos esparsos da grande tradutora que introduziu, na França, a literatura hispânica, notadamente Cortázar; fundadora da Associação dos Tradutores Literários Franceses, fala aqui sobre o ofício e a arte de traduzir, escrever, buscar palavras. Depoimentos de Arnaldo Calveyra, Alicia Dujovne Ortiz, Griselda Gambaro e Juan José Saer, alguns dos autores que traduziu.

| Excerto traduzido |


BENJAMIN, Walter.
A tarefa do tradutor - quatro traduções para o português.
Edição organizada por Lúcia Castello Branco.
Traduções de Fernando Camacho, Karlheinz Barck, Susana Kampff Lages, João Barrento.
Belo Horizonte: FALE / UFMG, 2008.

| Versão digital |


BERMAN, Antoine.
L'Épreuve de l'étranger
Paris: Gallimard, 1984.
A Prova do Estrangeiro - cultura e tradução na Alemanha romântica.
Tradução de Maria Emília Pereira Chanut.
Bauru/SP: Edusc, 2002.

O que é traduzir? Que lugar ocupa a tradução dentro de uma cultura? No que consiste esta operação de transposição de uma língua para outra, que é "a prova do estrangeiro"? Antoine Berman, tradutor de textos literários latino-americanos e alemães, aborda a problemática estudando uma época e uma cultura nas quais eles foram colocados com vigor e paixão, tornando-se objeto de debates e alvo das mais diferentes posições. (...) O resultado é um painel unificado, desvelado, explorado e analisado, que aponta para a crucial inserção da tradução no campo da história, do saber, do próprio processo de conhecimento.


BERMAN, Antoine.
La traduction et la lettre ou l'auberge du lointain.
Paris: Seuil, 1999.

A tradução e a letra ou o albergue do longínquo.
Tradução de Marie-Hélène Catherine Torres, Mauri Furlan e Andreia Guerini.
Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.

Texto essencial deste teórico e tradutor francês, que faz aqui uma crítica disto que ele denomina "tradução etnocêntrica e hipertextual", depreendendo as principais tendências deformantes das traduções movidas antes pela lógica da recepção do que pelo respeito à diferença. Traz, além disso, três estudos de grandes traduções: a de Agamenon, de Ésquilo, por Hölderlin, a de Paraíso perdido, de John Milton, por Chateaubriand e a da Eneida, de Virgílio, por Pierre Klossowski.


BRUCHARD, Dorothée de (org.)
Claire Cayron. Profissão: traductrice. Profession: tradutora.
Tradução de Ana Carolina Corrêa da Silva et al.
Florianópolis: DLLE/UFSC; Escritório do Livro, 2012. Ed. bilíngue.

Textos de Claire Cayron (1935-2002), tradutora francesa da obra de Caio Fernando Abreu e do escritor catarinense Harry Laus, que reflete sobre a condição do ofício de traduzir, suas alegrias e percalços, e sobre sua relação com a língua portuguesa. Este livrinho traz também excertos bilíngues de traduções da autora, e textos de estudiosos de sua obra na França e no Brasil.

| Veja Mais |
| Versão digital |


BURKE, Peter; PO-CHIA HSIA, R.
A tradução cultural - nos primórdios da Europa moderna.
Tradução de Roger Maioli dos Santos.
São Paulo: Unesp, 2009.

O volume reúne uma equipe internacional de tradutores para apresentar a prática da tradução como uma parte da história cultural, buscando compreender as contribuições da tradução para a difusão de informações na Europa moderna. Um livro que vem preencher um pouco de uma enorme lacuna: embora a tradução seja essencial para a construção da cultura, sua história tem sido de modo geral negligenciada pelos historiadores, que a relegaram e especialistas em línguas e literatura.


CATFORD, J. C.
A Linguistic Theory of Translation.
London: Oxford University Press, 1965.
CAVALCANTI, Geraldo Holanda.
Memórias de um tradutor de poesia.
Entrevista a Dorothée de Bruchard e Andréia Guerini.
Florianópolis: Escritório do Livro / NUT-UFSC, 2006. Col. Memória do Livro, 5.

| Veja Mais |
| Excerto |


COSTA, Walter Carlos; GUERINI, Andréia; SIMONI, Karine (orgs.).
Palavra de tradutor-escritor: Marco Lucchesi.
Entrevista a Andréia Guerini e Karine Simoni.
Florianópolis: Escritório do Livro, 2017.

| Resenha |
| Versão digital |


COULTHARD, Marlcolm; CALDAS-COULTHARD, Carmem Rosa (org.)
Tradução: Teoria e Prática.
Florianópolis: Editora da Ufsc, 1991.
CRUZ, Celso
Metamorfoses de Kafka.
São Paulo: Annablume / Fapesp, 2007. Ilustrado.

A partir de um corpus de 21 traduções da A Metamorfose, o autor examina a recepção desta obra de Kafka no Brasil num período de cerca de 40 anos. Cruzando reflexões sobre os estudos literários e estudos da tradução, apoiando-se na observação de capas e outros paratextos, inscreve a tradução dentro do movimento de produção e recepção da literatura, indissociável das políticas editoriais e das tendências estéticas e ideológicas.


DE LAUNAY, Marc.
Qu'est-ce que traduire?
Paris: Vrin, 2006.

O filósofo e tradutor francês reflete sobre a tradução, sobre o papel do original, da interpretação e do tempo para a traduzibilidade. O livro traz em anexo, traduzidos pelo autor, o célebre texto de Friedrich Schleiermacher, "Des différentes méthodes de la traduction", e, de Wilhelm von Humboldt, "Introduction à l'Agamemnon d'Eschyle".


DELILLE, Karl H.
Problemas da tradução literária.
Coimbra: Almedina, 1986.

Acreditando que "a tradução literária assume uma função importantíssima como medianeira entre os povos e as culturas, contribuindo para o conhecimento do que nos é estranho e para o enriquecimento do que nos é próprio", e desejando tirar do ostracismo a pesquisa universitária neste terreno, Karl Heinz Delille reúne aqui trabalhos apresentados durante o Seminário de Mestrado em Literatura Comparada, na Faculdade de Letras de Coimbra entre 1982 e 1984 (tradução alemão x português).
Com Maria A. Hörster, Maria E. Castendo, Maria M.G. Delille, Renato Correia.


DELISLE, Jean; WOODSWORTH, Judith (orgs.)
Os Tradutores na História.
Tradução de Sérgio Barth.
São Paulo: Ática, 1998.

Tradutores e intérpretes sempre representaram um papel determinante na evolução das sociedades e na vida intelectual: inventaram alfabetos, contribuíram para a criação de línguas e deram forma às literaturas nacionais. Participaram da difusão dos conhecimentos e da propagação das religiões, importaram e exportaram valores culturais, redigiram dicionários, etc. Esboça-se aqui o panorama dessa atividade na Europa, Américas, África, Índia e China.

| Excerto |
| Resenha |


ECO, Umberto.
Quase a mesma coisa.
Tradução de Eliana Aguiar.
Rio de Janeiro: Record, 2010.

| Resenha |


EYSTEINSSON, Astradur; WEISSBORT, Daniel (orgs.)
Translation - theory and practice: a historical reader.
Nova York: Oxford University Press, 2006.
FAVERI, Claudia Borges de; TORRES, Marie-Hélène C. (orgs.)
Clássicos da Teoria da Tradução. Antologia bilíngüe, v. 2: francês-português.
Vários tradutores.
Florianópolis: Núcleo de Tradução da UFSC, 2004.

Antologia de textos sobre teoria da tradução em francês: Etienne Dolet, Du Bellay, D'Alembert, Mme de Staël, Victor Hugo, etc.


FURLAN, Mauri (org.)
Clássicos da Teoria da Tradução. Antologia bilíngüe, v. 4: Renascimento.
Vários tradutores.
Florianópolis: Nuplitt / UFSC, 2006.

Antologia de textos sobre teoria da tradução produzidos durante a Renascença: Martin Luther, Aretino, Fray Luis de León, Cervantes, Etienne Dolet, etc.


HEIDERMAN, Werner (org.)
Clássicos da Teoria da Tradução. Antologia bilíngüe, v. 1: alemão-português.
Vários tradutores.
Florianópolis: Núcleo de Tra ução da UFSC, 2001.

Seleção de alguns textos sobre teoria da tradução em alemão: Benjamin, Nietzsche, Schopenhauer, Hölderlin, Schlegel, Humboldt, Schleiermacher, Goethe.


KRETSCHMER, Johannes; LIMA, Fabio; LAGES, Susanna Kampff; BRUCHARD, Dorothée de (orgs.)
Os lugares da tradução.
RJ: Fund. Biblioteca Nacional; Niterói: Univ. Fed. Fluminense, Inst. de Letras, 2017.

A publicação reflete os esforços das duas instituições no sentido da valorização do ofício do tradutor literário e da reflexão teórica sobre o tema, através de iniciativas como os colóquios Intermediações Culturais (2012, 2013 e 2014) e A Formação do Tradutor (2013), e as Oficinas de Tradução. ¶ Na I PARTE, artigos de Kathrin Rosenfield, Susana Kampff Lages, Andrea Lombardi, Ana Isabel Borges; depoimentos de Jürgen Jakob Becker, Marianne Gareis e Kristina Michahelles, Carolina Paganine e Giovana Cordeiro Campos de Mello, Rodrigo Labriola e Román García Arrospide; e uma entrevista de Luiz Ruffato a Carola Saavedra.
¶ A II PARTE traz os depoimentos de doze tradutores da literatura brasileira (contemplados pela bolsa de residência a tradutores estrangeiros da FBN em 2013), entrevistados por estudantes da Univ. Fed. de Santa Catarina sob coordenação de Dorothée de Bruchard. São eles: Paula Anacaona, Dominique Nédellec e Philippe Poncet (França); Nicholas Caistor (Inglaterra); Pere Comellas Casanova, Teresa Matarranz López (Catalunha, Espanha); Wanda Jakob (Alemanha); Clifford E. Landers (Estados Unidos); Manuele Masini, Giovanni Ricciardi (Itália); Maria Papadima (Grécia); Claire Varin (Quebec, Canadá).


| Veja mais |


KRISTEVA, Irena.
Pour comprendre la traduction.
Paris: L'Harmattan, 2009.

Nesse consistente e bem escrito ensaio, sem perder de vista os dois aspectos do traduzir, o objetivo e o subjetivo, a autora examina as abordagens contemporâneas da tradução. Partindo de seu enraizamento no contexto cultural e na língua, faz incursões pela semiótica e pela psicanálise, buscando uma hermenêutica que articule tanto a prática, como a análise e a critica da tradução.


LAGES, Susana Kampff.
Walter Benjamin: tradução e melancolia.
São Paulo: Edusp, 2002.

Procedendo à construção da "tarefa do tradutor", e partindo da constatação de que existe um forte vínculo entre as teorias da tradução e aquelas sobre a disposição melancólica, Susana Kampff Lages se concentra na obra de Walter Benjamin para estabelecer um diálogo com diferentes tradições interpretativas sobre a tradução, incluindo autores contemporâneos como Heidegger, Paul de Man e Jacques Derrida. A autora realiza uma análise minuciosa do ensaio de Benjamin "A Tarefa do Tradutor", ligando-o a temas como as conexões entre linguagem e morte ou Proust e Baudelaire como paradigmas de uma escritura moderna melancólica.


LARANJEIRA, Mário.
Poética da Tradução: do sentido à significância.
São Paulo: Edusp, 1993.
LARBAUD, Valery.
Sob a invocação de São Jerônimo - ensaios sobre a arte e técnicas de tradução.
Trad. de Joana Angélica d'Avila Melo e João Ângelo Oliva (grego e latim)
São Paulo: Mandarim, 2001. No catálogo da Editora Arx.

Inspirado no patrono dos tradutores, Larbaud tece reflexões sobre a importância, na arte literária, da atividade do autor e do tradutor, e os limites das intervenções do editor e do revisor.


LEFEVERE, André.
Tradução, reescrita e manipulação da fama literária.
Tradução de Claudia Matos Seligmann.
Bauru/SP: Edusc, 2007.

Toda reescrita, qualquer que seja sua intenção, reflete uma certa ideologia e uma poética e, como tal, manipula a literatura para que ela funcione dentro de uma sociedade determinada de uma forma determinada. Tanto pode introduzir novos conceitos, novos gêneros, promover a inovação literária, como reprimir a inovação, distorcer e conter... O autor se debruça aqui, numa análise fascinante, sobre o papel da tradução e da edição enquanto formas privilegiadas de reescrita. É uma pena que esta edição-tradução brasileira apresente alguns problemas.

| Resenha |


MÉZIRIAC, Claude-Gaspar Bachet.
De la Traduction [1635].
Introdução de Michel Ballard.
Arras (França) / Ottawa (Canadá): Artois Presses Université / Presses de l'Université d'Ottawa, 1998.

Num dos primeiros discursos proferidos na Académie Française, em 1635, o autor desenvolve, em torno de uma crítica à tradução "do Plutarco" de Amyot, e em nome de certa ética tradutória, o que constitui uma primeira análise de erros apresentada de forma sistemática - e, consequentemente, um dos textos fundadores da tradutologia.


MILTON, John.
O Clube do Livro e a Tradução.
Colaboração de Afonso Teixeira Filho.
Bauru/SP: Edusc, 2002.

A história do livro, síntese da própria trajetória da humanidade, só muito recentemente passou a interessar aos pesquisadores brasileiros. John Milton enfoca aqui a tradução, especialmente aquelas feitas para as publicações do chamado Clube do Livro. Terreno que a crítica brasileira de certa forma marginalizou, mas que certamente exerceu uma grande influência em nossa produção cultural, especialmente na formação de um amplo público para a literatura e, em especial, para o romance. O Clube do Livro, inspirado no Book-of-the-Month americano, vendia suas publicações mensais, pelo correio ou por vendedores, a um público que foi aos poucos construindo seus hábitos de leitura. As tiragens chegaram a atingir 50 mil exemplares para alguns títulos, número expressivo mesmo nos dias de hoje e que representou uma revolução nos hábitos de leitura nos anos 50 e 60.


MOUNIN, Georges.
Les Problèmes théoriques de la traduction.
Paris: Gallimard, 1963.
MOURA, Agenor Soares de.
À Margem das traduções.
Organizado por Ivo Barroso. Prefácio de Paulo Rónai.
São Paulo: Editora Arx, 2003.

Composta de 87 artigos publicados no jornal Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, a partir de 1944, a obra, trabalho inédito e original num país em que a tradução costuma ser ignorada nas resenhas, mostra aos leitores a qualidade e a adequação das traduções publicadas naquela época, apontando falhas, propondo modelos.


ORTEGA Y GASSET, José.
Misère et splendeur de la traduction [Miseria y esplendor de la traducción].
Paris: Les Belles Lettres, 2013. Edição bilíngue
Tradução coordenada por François Géal. Posfácio de Jean-Yves Masson.

Neste clássico consagrado dos estudos da tradução (originalmente escrito em 1940), a reflexão assume a forma de um diálogo entre eruditos reunidos no Collège de France - "a tradução não é a obra, mas um caminho para a obra".


OUSTINOFF, Michaël.
La traduction.
Paris: PUF,Que sais-je?, 2003.
OUSTINOFF, Michaël (org.)
Traduction et mondialisation.
Paris: CNRS éditions, 2011.

Coletânea de artigos que refletem a necessidade e o papel da tradução no mundo contemporâneo globalizado, aceleradamente exposto à diferença, e em que a onipresença dominativa da língua inglesa não é, afinal, inelutável. Textos de Barbara Cassin, Leonard Orban, Jean-Marc Lévy-Leblond, Xu Jun, Foued Laroussi, Ibrahim Albalawi, Lalbila A. Yoda e Dominique Volton


PAZ, Octavio.
Traduccion: Literatura y Literalidad.
Barcelona: Tusquets Editores, 1971.
PLAZA, Julio.
Tradução intersemiótica.
São Paulo: Perspectiva, 1987.
REIMÃO, Sandra; RIAUDEL, Michel (orgs.)
Livros, literatura e história: passagens Brasil-França.
Florianópolis: Escritório do Livro, 2017.

“Os estudos aqui reunidos analisam, por diferentes perspectivas, casos de correlações de cultura impressa entre Brasil e França no século xx.” (Os organizadores).
Destaque, no que se refere à tradução, para os os artigos “Teria havido um boom latino-americano?”, de Michel Riaudel; “A publicação de Guimarães Rosa na França dos anos 1960”, de Márcia V. M. de Aguiar; “Da tireuse de cartes à la cartomancienne, o bruxo do Rio retraduzido na França”, de Émilie Audigier; “França, 1971; brasil, 2013: duas edições do livro Pau de arara e a memória da repressão”, de Sandra Reimão, Flamarion Maués e João Elias Nery.


| Versão digital |


RICOEUR, Paul.
Sur la traduction.
Paris: Bayard, 2004.
ROBINSON, Douglas.
Construindo o Tradutor.
Tradução de Jussara Simões.
Bauru/SP: Edusc, 2002.

Como traduzir com mais rapidez e maior precisão? Como lidar com os problemas que geralmente surgem nesse processo? Como funciona o mercado das traduções? Estas são algumas perguntas que Douglas Robinson discute e responde neste livro, onde também apresenta um método inovador para o estudo da tradução. A aceleração da informação, vivida pela humanidade sobretudo nas últimas décadas, é aqui tratada em sua relação direta com a necessidade crescente de seleção de informações em qualquer área do conhecimento.


RÓNAI, Paulo.
A Tradução vivida.
Rio de Janeiro: Educom, 1976.

Conjunto de conferências proferidas pelo tradutor, crítico húngaro radicado no Brasil, abordando com elegância e extrema competência diversos aspectos da tradução. Destaque, no que toca a história editorial, para o capítulo "A Operação Balzac", onde o autor conta a extraordinária aventura que foi coordenar durante quinze anos a tradução da Comédia Humana para a Editora Globo, nos anos 1940/50. Rónai, além de revisar todos os textos, inseriu notas e prefácios nesta que seria reconhecida internacionalmente como a edição crítica exemplar da obra de Balzac.


SILVEIRA, Brenno.
A Arte de Traduzir.
São Paulo: Melhoramentos, 2 ed., s/d.
São Paulo: Unesp, 2004.

STEINER, George.
After Babel - Aspects of language & translation.
N. Y.: Oxford University Press, 3 ed., 1998.
VENUTI, Lawrence.
Escândalos da Tradução - por uma ética da diferença.
Tradução de Laureano Pelegrin, Lucinéia Marcelino Villela, Marileide Dias Esqueda, Valéria Biondo.
Bauru/SP: Edusc, 2002.

Quais os elementos culturais ocultos em qualquer tradução? Venuti é famoso por suas posições polêmicas em relação ao processo da tradução, especialmente quanto à "domesticação" que muitos textos sofrem quando traduzidos, gerando uma acentuada distorção semântica e conseqüente perda dos elementos culturais implícitos no texto original.



Cadernos de Tradução.
Florianópolis, NUT - UFSC.

Publicação semestral do NUT - Núcleo de Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina. Traz artigos, entrevista com tradutores, resenhas de livros sobre tradução e de livros traduzidos.

|www.cadernos.ufsc.br|


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· O livro na ficção ·
BELLOTTO, Tony.
Bellini e o demônio.
SP: Companhia das Letras, 1997.

O detetive Remo Bellini está empenhado em encontrar um manuscrito perdido de Dashiell Hammett, numa história que mostra "outra forma de se visualizar o livro: como tesouro maravilhoso, objetivo de personagens empenhados na procura do romance ou manuscrito perdido, leitmotiv de romances, como o de Eco, que tematizam a busca do conhecimento (conhecimento que pode ser visto como fonte de poder, ou como diria Nietzsche, como fonte de potência, chave para uma mudança interior)", como lembra Marco Antônio de Almeida no artigo "O Personagem Livro"
(clicar em "Livros e Leituras" no menu).


BLOCK, Lawrence.
O ladrão que estudava Espinosa.
Tradução de Maria Helena Rodrigues de Sousa.
SP: Companhia das Letras, 2002.

O livreiro nova-iorquino Bernard Rhodenbarr, também conhecido da polícia por seu talento para arrombar a propriedade alheia, acaba injustamente acusado de assassinato - para se safar, terá de desvendar o caso recorrendo aos escritos do filósofo Espinosa.


BORGES, Jorge Luís.
"A Biblioteca de Babel", in Ficções.
in Obras Completas:
São Paulo: Globo, vol. I, trad. de Carlos Nejar. 1999.
Barcelona: Emecê Editores, vol. I, 1996.

BRADBURY, Ray.
Fahrenheit 451.
São Paulo: Globo, 2003.

Clássico da literatura de ficção publicado em 1953, trata de uma sociedade, num futuro nem tão distante, em que os livros foram proscritos e o simples fato de manter obras literárias ou filosóficas em casa constitui um crime.


BROOKS, Geraldine.
As memórias do Livro - romance sobre o manuscrito de Sarajevo.
Tradução: Marcos Malvezzi Leal.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.

Mescla de história e ficção, relata a trajetória da Hagadá, obra-prima única que sobreviveu por séculos apesar do anti-semitismo e da própria doutrina judaica. Prêmio Pulitzer de ficção, a obra é muito bem construída e resulta numa história fascinante e enriquecedora. Lamentavelmente, a edição brasileira contém quantidade inaceitável de erros gramaticais e tipográficos que constituem verdadeiro desrespeito para com o leitor, o trabalho da autora e do tradutor, e também para com o objeto livro que a obra vem celebrar.


BUARQUE DE HOLLANDA, Francisco.
Budapeste.
SP: Companhia das Letras, 2003.

José Costa, um ghost-writer de talento fora do comum, se vê diante de um impasse criativo e existencial. Escriba exímio, meio sem querer, de mera escrita sob encomenda passa a praticar "alta literatura". Também meio sem querer, vai parar em Budapeste, onde buscará a redenção no idioma húngaro, "segundo as más línguas, a única língua que o diabo respeita".


CALVINO, Ítalo.
Se um viajante numa noite de inverno.
Tradução de Margarida Salomão.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

CUNEO, Anne.
Le Maître de Garamond.
Paris: Atock, 2003.

Romance histórico, em que o gravador de tipos Claude Garamond relata a vida de seu mestre, o erudito e impressor humanista Antoine Augereau, morto como herético durante a Reforma. Além de resgatar assim a memória de uma importante figura da tipografia francesa, a autora dá um excelente retrato do mundo livreiro renascentista (com personagens como Rabelais, Robert Estienne, Aldo Manúcio, Francesco Griffo), e das grandes perseguições aos tradutores e impressores promovida pela Igreja ou, mais especificamente, pelos teólogos da Sorbonne.


DUNNING, John.
Edições perigosas.
Tradução de Celso Nogueira.
SP: Companhia das Letras, 1994.

O assassinato de um mascate de livros é o ponto de partida para uma investigação do detetive, livreiro e bibliófilo Cliff Janeway que, de passagem, arrisca comentários sobre Mark Twain, Faulkner e Stephen King.


DUNNING, John.
Impressões e provas.
Tradução de Celso Nogueira.
SP: Companhia das Letras, 1996.

Cliff Janeway, detetive, livreiro e amante de livros raros, envolvido num mistério em que está em jogo uma edição muito especial de O corvo, de Edgar Allan Poe.


DUNNING, John.
A promessa do livreiro.
Tradução de Alvaro Hattnher.
SP: Companhia das Letras, 2005.

O livreiro e ex-policial Cliff Janeway recebe a visita de uma velha senhora que lhe pede algo impossível: recuperar uma coleção de obras raras do famoso explorador inglês Richard Burton, que havia pertencido ao avô dela e que fora roubada oitenta anos antes. Tem início uma investigação que chegam a envolver a biografia do próprio Burton.


DUNNING, John.
Assinaturas e assassinatos.
Tradução de Alvaro Hattnher.
SP: Companhia das Letras, 2008.

Robert Marshall, colecionador de valiosas primeiras edições de livros assinadas, é assassinado, dando início a uma trama que tem por cenário os bastidores do mundo dos livros raros.


DUNNING, John.
O último caso da colecionadora de livros.
Tradução de Alvaro Hattnher.
SP: Companhia das Letras, 2009.

O livreiro-detetive Cliff Janeway é contratado para avaliar a estranha biblioteca de Candice, finada mulher de um milionário criador de cavalos. Ao seguir a pista de livros caríssimos que estariam faltando na biblioteca, o livreiro acaba destampando uma verdadeira caixa de Pandora familiar...


ECO, Umberto.
O Nome da Rosa.
Trad: Aurora Bernardini e Hoemo Freitas de Andrade.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.

FERGUSON, Will.
Ser Feliz®.
Tradução de Manoel Paulo Ferreira.
SP: Companhia das Letras, 2003.

Graças a um livro de auto-ajuda perigosamente convincente e eficaz, descoberto pelo pequeno funcionário de uma grande editora, a felicidade se alastra pelo mundo. O autor canadense traça um retrato impiedoso da obsessão pelo bem-estar na sociedade do consumo, como também do mercado editorial.


FITZGERALD, Florence.
The Bookshop.
London: Flamingo, 1983.

A oposição que enfrenta Florence #2db559 quando resolve abrir uma livraria na sua pequena cidade litorânea inglesa. Belíssima e singela história, cuja tradução editada no Brasil pela Bertrand, em 2000, está esgotada.


FLAUBERT, Gustave.
Bibliomanie
Texto estabelecido e editado por Yvan Leclerc.
in Mémoires d'un fou, Novembre et autres textes de jeunesse.
Paris: GF Flammarion, 1991.

Primeiro texto publicado por Flaubert, ainda adolescente, a novela conta a história do primeiro serial killer bibliófilo de que se tem notícia na literatura: o monge livreiro Giacomo, semi-letrado que pouco lê, e mata por amor aos antigos manuscritos.

| Texto integral traduzido |


FUNKE, Cornelia.
Coração de tinta.
Tradução de Sonali Bertuol.
SP: Companhia das Letras, 2006.

Mo, além de exímio encadernador, tem uma habilidade insólita: ao ler em voz alta, dá vida às palavras, e coisas e seres das histórias surgem ao seu lado como que por mágica. Numa noite, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro misterioso chamado Coração de tinta... (infanto-juvenil).


GAARDER, Jostein; HAGERUP, Klaus.
A Biblioteca mágica de Bibbi Bokken.
Tradução de Sonali Bertuol.
SP: Companhia das Letras, 2003.

O garoto Nils e sua prima Berit moram em cidades diferentes e, para manter contato, decidem escrever um diário a quatro mãos, enviando-o de uma cidade a outra por correio. E este acaba sendo um livro de múltiplas histórias onde, numa trama de detetives recheada de suspense e aventura, o próprio herói é o livro e sua história, seu processo de produção e catalogação nas bibliotecas.


GÉLAT, Jacques.
Le Traducteur.
Paris: José Corti, 2006.

Um tradutor, certo dia, substitui um ponto e vírgula por uma vírgula. Percebe o erro, mas não o corrige, e assim é que começa: na tradução seguinte, vai trocando alguns detalhes no texto, aos poucos vai inserindo palavras e frases de sua lavra, e acaba - que tradutor não sonhou com isso? - escrevendo o seu próprio romance...


HRABAL, Bohumil.
Une trop bruyante solitude.
Paris: Robert Laffont, 1983.
Tradução: Anne-Marie Ducreux-Palenicek

Publicada inicialmente em Praga (1976) como literatura clandestina, é a obra do grande escritor tcheco que lhe valeu mais notoriedade. O narrador, operário numa usina de reciclagem de papel, cuja cultura se construiu pela leitura de livros proibidos fadados à destruição, recria as obras-primas em outra obra de arte - as páginas picadas são transformadas em balões de papel decorativos. Fábula sensível e um convite à reflexão sobre a modernidade.


JEAN, Raymond.
La Lectrice.
Arles (França): Actes Sud, 1986.

Marie-Constance resolve certo dia colocar um anúncio oferecendo seus serviços de leitora a domicílio. Passa então, com sua voz encantadora, a ler aos seus ouvintes trechos de Maupassant, Duras, ou mesmo Sade - para cada cliente (um adolescente, um executivo, uma generala...), um autor diferente, e relações distintas que se estabelecem em torno da literatura e da leitura.


MELO, Patrícia.
Elogio da mentira.
SP: Companhia das Letras, 1998.

O texto pode ser lido como um romance policial, gênero que é aqui parodiado e homenageado. Mas a narrativa de fôlego, irônica, que prende, é também uma boa sátira ao mercado editorial.


MITCHELL, Joseph.
O segredo de Joe Gould.
Tradução de Hildegard Feist. Posfácio de João Moreira Salles.
SP: Companhia das Letras, Col. Jornalismo literário, 2003.

Em 1942, Joseph Mitchell publicou nas páginas da revista The New Yorker o perfil de um literato maltrapilho que vivia perambulando pelo #2db559wich Village, o bairro boêmio de Nova York. O personagem chamava-se Joe Gould e a reportagem revelava que, apesar de viver como mendigo, preparava uma obra monumental: História oral do nosso tempo. Gould morreu em 1957 e o livro que vinha escrevendo nunca foi encontrado. Em 1964, Mitchell escreveu para a mesma revista outro texto sobre o boêmio do Village - revelando "O segredo de Joe Gould" guardado por tanto tempo. Depois disso, o jornalista nunca mais publicou um texto sequer, embora continuasse a freqüentar a redação diariamente e a receber salário até o fim da vida.
É sobre ele, sobre a
The New Yorker, sua redação e colaboradores, sobre o ofício de escrever e de editar, o belo posfácio de João Moreira Salles.


MONBRUN, Estelle.
Meurtre chez tante Léonie.
Paris: Viviane Hamy, 2004.

Romance policial que tem como cenário a reunião anual da Proust Association, na casa descrita por Proust em Du Côté de chez Swann e, por personagens, um editor, um eminente pesquisador, uma doutoranda, etc, às voltas com a descoberta de manuscritos inéditos. Por trás do pseudônimo da autora, uma professora de literatura francesa em universidade americana. Leve e divertido.


NODIER, Charles.
L'Amateur de Livres.
organizado e anotado por Jean-Luc Steinmetz
Bordeaux: Le Castor Astral, 1993.

Quatro textos relacionados ao livro do escritor e bibliófilo, "pai dos bibliófilos" franceses do século XIX. Destaque para "Le Bibliomane", conto satírico em que um bibliófilo morre de "bibliomania".


PÉREZ-REVERTE, Arturo.
El Club Dumas
Madrid: Punto de Lectura, 2000.

Lucas Corso, comprador de livros antigos, envolve-se em perigosa aventura quando se vê tendo de decifrar o mistério de um livro que invoca o demônio, cuja edição foi queimada em 1667 juntamente com o editor e do qual só sobraram 3 exemplares. Também se insere na trama um capítulo manuscrito dos Três Mosqueteiros de Dumas....
Editado no Brasil pela Martins Fontes, 1995.


POMPÉIA, Raul.
A batalha dos livros
Desterro (Florianópolis): Cultura e Barbárie, 2016.

O conto (1889) narra a fatal trajetória de Aristóteles de Souza que, como fadado pelo nome recebido na pia batismal, consumia livros furiosamente com a ambição de chegar à síntese da totalidade do conhecimento humano... O livro, que cabe na palma da mão, é uma das bonitas e criativas produções do selo Armazém da Cultura e Barbárie.


POUY, Jean-Bernard.
1280 Âmes
Paris: Baleine/Le Seuil, 2000. Romance policial.

Um cliente de Pierre de Gondol, o menor livreiro de Paris, um dia vem consultá-lo, desnorteado: um famoso romance de Jim Thompson que, em inglês, tem o título Pop 1280, na tradução francesa que ele está lendo chama-se 1275 âmes. Pierre então se converte em detetive literário, para procurar em outros livros e outros países, a pista dos desaparecidos...


RESENDE, Maria Valéria.
O voo da guará vermelha
Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 2. ed.

Rosálio, pedreiro e analfabeto, atravessa o país em busca de alguém que o ajude a ler e escrever. Irene, prostituta e soropositiva, conhece as letras precariamente, mas o bastante para ensiná-las. Do encontro desses dois personagens nascem as histórias que Rosálio não cansa de contar, e que Irene esperou tanto tempo para ouvir.
"Este romance, impecavelmente bem-escrito, surpreende pela estética do estilo, pelo ritmo e pela terna policromia de uma história tragicamente bela." (Frei Betto)


RESENDE, Maria Valéria.
A face serena
Guaratinguetá, SP: Penalux, 2018. Contos.

Destaque para "O perfeito bibliotecário" e "O tipógrafo" neste livro em que sonhos e premências que pautam a vida de gente como a gente se tornam histórias pungentes, e cheias de graça, pela pena sensível de uma de nossas grandes escritoras da atualidade.


RUSHDIE, Salman.
Haroun e o mar de histórias.
Tradução de Isa Mara Lando.
SP: Companhia das Letras, 1998.

SÁ MOREIRA, Régis de.
Le Libraire
Paris: Au Diable Vauvert, 2004.

Encantadora narrativa que fala do cotidiano de um livreiro em alguma grande cidade do mundo. Sua paixão pelos livros, pela leitura, suas excentricidades, relação com os clientes... Texto cheio de poesia e força.


SARAMAGO, José.
História do cerco de Lisboa.
Lisboa: Editorial Caminho, 1989.

O revisor de uma grande editora não resiste, certo dia, a interferir na história, "corrigindo" o texto no qual está trabalhando.


SMITH, Lane.
É um livro.
Tradução de Júlia Moritz Schwarcz.
SP: Companhia das Letrinhas, 2010.

Uma história ilustrada, tanto para crianças quanto para adultos, sobre o nosso velho e bom - e amado - livro. Aquele que, ao contrário dos produtos eletrônicos, não apita, não interage, não conecta nem retwitta. Mas que, só pela emoção da narrativa e das imagens, prende a atenção de qualquer um.

| Book Trailer |


SOARES, Jô.
Assassinatos na Academia Brasileira de Letras.
SP: Companhia das Letras, 2005.

Um serial killer literário parecia solto nesse Rio de Janeiro de 1924 - reconstituído pelo autor com humor e precisão - querendo ver "mortos todos os imortais" da Academia. Os "crimes do penacho" serão investigados pelo comissário Machado Machado...


VANTREASE, Brenda Rickman.
O mestre das iluminuras.
Tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira.
Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

Na Inglaterra medieval, caros e raros, os livros eram escritos somente em latim ou francês normando, esmeradamente copiados à mão e decorados com requintadas iluminuras — e portanto disponíveis apenas para a nobreza e o clero. Até que o teólogo e professor da Universidade de Oxford, John Wycliffe, resolve se insurgir contra essa situação e começa a traduzir as Escrituras para a língua inglesa. A partir daí se desenrola uma trama de perder o fôlego.


WINCHESTER, Simon.
O Professor e o louco.
Tradução de Flávio Villas-Boas.
SP: Companhia das Letras, 2009.

Foi com a inclusão da paravra zyxt numa lista de milhares de verbetes que, em 1928, os mais de setenta anos de elaboração do Oxford English Dictionary chegaram ao fim. O livro narra os desafios enfrentados para levar a cabo o projeto irrealizável de descrever todas as palavras en inglês e nos apresenta duas figuras fascinantes: o filólogo autodidata James Murray e William Chester Minor, o médico esquizofrênico que, internado num hospital psiquiátrico, foi o mais prolífico colaborador do dicionário.


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· Leitura ·
ABREU, Márcia (org.)
Leitura, história e história da leitura.
São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2000.

Edição comemorativa dos 190 anos da Biblioteca Nacional.
Um conjunto de pesquisadores brasileiros e estrangeiros examina questões relativas às bibliotecas e práticas de leitura, à censura e livros proibidos, ao comércio livreiro e estratégias editoriais e à produção e circulação de livros escolares, desde o período colonial até o século XX. Como contraponto à situação brasileira, discutem-se também práticas de leitura no contexto europeu.


| Resenha do projeto gráficco |


ABREU, Márcia (org.)
Leituras no Brasil.
Campinas: ALB / Mercado de Letras, 1995.

Antologia de pronunciamentos realizados nos nove primeiros Congressos de Leitura no Brasil, constitui um documento do debate sobre a leitura no país nas últimas duas décadas. Textos de Haquira Osakabe, Ezequiel Theodoro da Silva, Paulo Freire, Magda B. Soares, Lígia Chiapini Moraes Leite, Eni P. Orlandi, Miriam Lemle, Síria Possenti, Regina Zilberman, Mário Alberto Perini, Marisa Lajolo, Mary Kato, Eliana Yunes, Walda de Andrade Antunes, Edson Gabriel Garcia, Ary Kuflik Benclowicz, Moacyr Scliar e João Wanderley Geraldi.


ABREU, Márcia; SCHAPOCHNIK, Nelson (orgs.)
Cultura letrada no Brasil - objetos e práticas
Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2005.

Esse livro reúne especialistas que estudam as formas materiais, a produção, a circulação e a recepção de textos no Brasil desde o período colonial até a contemporaneidade, examinando diferentes modalidades de comunicação (oral, manuscrito, impresso, hipertexto) e diversas formas e gêneros dos artefatos da cultura letrada (correspondência, cordel, folheto, brochura, almanaque, revista, jornal). Observa, ainda, as possíveis interações entre autor, texto, leitor e livro, assim como os modos de fazer e usar os artefatos da cultura letrada em diferentes contextos da recepção (escola, gabinetes de leitura, bibliotecas, teatro). (Márcia Abreu)


ALGRANTI, Leila Mezan.
Livros de devoção, atos de censura - ensaios de história do livro e da leitura na América Portuguesa (1750-1821).
São Paulo: Fapesp / Hucitec, 2004.

A autora dedica-se aqui à história dos livros religiosos e de sua leitura, quer no tocante à produção, quer ao consumo e circulação, e busca compreender seu significado na América portuguesa, na qual se constituiu uma sociedade reconhecidamente pouco letrada, permeada pelo escravismo e marcada pela influência da religião católica. O que liam os colonos, como liam e por que liam esses livros, são algumas das questões analisadas em ampla pesquisa documental.


BARZOTTO, Valdir Heitor (org.)
Estado de Leitura.
Campinas: Mercado de Letras / ALB, 1999.
CHARTIER, Roger.
Formas e sentido - cultura escrita: entre distinção e apropriação.
Tradução de Maria de Lourdes Meirelles Matencio.
Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2003.

Ensaio em que se discutem as diversas ‘revoluções da leitura’ que transformaram as relações entre as pessoas, as estratégias intelectuais e, sobretudo, as formas de ler. Acompanhando momentos decisivos, como o que marca a passagem da leitura oral para a silenciosa ou o início da utilização de tipos móveis para composição de livros, chega-se à mais recente das ‘revoluções’, associada à disseminação dos computadores e da Internet.


CHARTIER, Roger.
Os Desafios da escrita.
Tradução de Fulvia M. L. Moretto.
SP: Ed. Unesp, 2002.

Nestes cinco ensaios (originados de conferências proferidas pelo autor durante a Bienal do Rio de 2001, a convite da Editora da Unesp), Chartier mostra como o mundo digital está alterando a relação do leitor com o texto impresso, e fala sobre a transformação do próprio conceito de livro.


CHARTIER, Roger.
A Ordem dos Livros - Leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII.
Tradução de Mary del Priore.
Brasília: UNB, 1994.

CHARTIER, Roger.
Práticas da leitura.
Trad. de Cristiane Nascimento.
São Paulo: Estação Liberdade, 1996.

CHARTIER, Roger.
Les usages de l'imprimé.
Com A. Boureau, M.-E. Ducreux, C. Jouhaud, P. Saenger, C. Velay-Vallantin.
Paris: Fayard, 1987.

CHARTIER, Roger.
A aventura do livro: do leitor ao navegador.
Trad. de Reginaldo C. Corrêa de Moraes.
São Paulo: Imprensa Oficial / Fundação Editora Unesp, 1998.

A internet fez renascer o sonho de universalidade no qual toda a humanidade participa do intercâmbio de idéias. Mas suscita também a angústia de ver desaparecer a cultura do livro. Qual é o futuro do livro? O que nos ensina seu passado? Roger Chartier nos lembra que muitas revoluções, como a de Gutenberg, vividas como ameaças, criaram, pelo contrário, oportunidades e esperanças. Refletir sobre a aventura do livro é, em definitivo, examinar a tensão fundamental que atravessa o mundo contemporâneo, dilacerado entre a afirmação das particularidades e o desejo do universal.


CHARTIER, Roger; CAVALLO, Gugliemo (orgs.)
História da leitura no mundo ocidental.
Trad: Fulvia Moretto (it.), Guacira M. Machado (fr.) e José Antônio de M. Soares (ingl).
São Paulo: Ática, 1998. 2 vols.

Muito mais que uma história da leitura no Ocidente: ao analisar os aspectos históricos do tema, a obra acaba investigando não apenas a leitura, mas também o texto, a escrita e os leitores, mostrando ainda como os espaços reservados aos livros e aos leitores foram se modificando.


CHARTIER, Roger; ARIÈS, Philippe.
História da vida privada (v. 3) - da Renascença ao Século das Luzes.
Tradução: Hildegard Feist.
SP: Companhia das Letras, 1991.

Entre os diversos fatores que contribuíram para consolidar a sensibilidade e o individualismo que caracterizaram a era moderna estão o avanço da alfabetização e da difusão dos livros. Destaque para os capítulos "As Práticas da escrita", "A Escritura do foro privado", "As práticas literárias ou a publicidade do privado".


CHARTIER, Anne-Marie; HÉBRARD, Jean.
Discursos sobre a leitura (1880-1980).
São Paulo: Ática, 1995.
COTRONEO, Roberto.
Se uma criança, numa manhã de verão - carta para meu filho sobre o amor pelos livros.
Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Com rara leveza, Cotroneo discorre sobre a importância da literatura na formação de um ser humano. Para isso, seleciona quatro clássicos em sua vastíssima biblioteca: A ilha do tesouro, de Robert Lewis Stevenson, O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger, o longo poema O canto de amor de John Alfred Prufrock, de T. S. Eliot, e O náufrago, de Thomas Bernhard.


CUNHA, Maria do Rosário.
A Inscrição do Livro e da Leitura na ficção de Eça de Queirós
Coimbra: Almedina, 2004.

Esta abordagem da ficção de Eça de Queirós centra-se no triângulo constituído pelo leitor, o livro e a leitura - o leitor enquanto personagem, o livro e a leitura enquanto objeto e comportamento ficcionais.

| Resenha |


CUNHA, Maria do Rosário (org.); EÇA DE QUEIRÓS, José Maria.
O Livro e a Leitura em Eça de Queirós.
Prefácios de Márcia Abreu e Carlos Reis.
Florianópolis: Escritório do Livro, 2007. Apoio: IPLB.

Textos pinçados na obra ficcional e não-ficcional de Eça de Queirós por uma de suas maiores estudiosas portuguesas da atualidade, trazem as reflexões do autor sobre o livro, sua produção, sua função, sobre a leitura e os leitores do século XIX. A esclarecedora introdução de Maria do Rosário, e os prefácios de dois importantes pesquisadores do tema, no Brasil e em Portugal, nos dão bons elementos para a compreensão deste período de grandes transformações na história do livro e da leitura.

| Veja Mais |
| Excerto |


CUNHA, Maria Teresa Santos.
Armadilhas da sedução: os romances de M. Delly.
Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Os romances de M. Delly, em certa medida, nortearam a educação da jovem mulher, brasileira, de camada média urbana entre as décadas de 30 e 60. A obra é uma contribuição relevante à historiografia brasileira atual, especialmente no que tange à educação feminina em sua estratégia mais difundida: a prática da leitura de romances.


DENIPOTI, Cláudio.
Páginas de prazer - a sexualidade através da leitura no início do século.
Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

No esforço recente dos historiadores em recuperar no passado as atitudes dos leitores e toda a riqueza e variedade contidas no universo da leitura, o autor desvenda o universo de freqüentadores da Biblioteca Pública do Paraná entre 1911 e 1918.


FADIMAN, Anne.
Ex-Libris - confissões de uma leitora comum.
Tradução de Ricardo Gomes Quintana.
Rio de Janeiro: Zahar, 2002.


Ex-Libris - confessions of a common reader.
London: Penguin books, 1999.

A relação de um leitor com um livro pode ser tão íntima e complexa quanto entre duas pessoas. Anne Fadiman mostra, em ensaios deliciosos, como seus livros preferidos se tornaram capítulos de sua história pessoal, algo que acontece com os apaixonados por livros. Ex-Libris oferece ao leitor, comum ou incomum, um fascinante relato de bibliofagia. É uma declaração de amor aos livros, à língua e à palavra escrita.

| Resenha |


FAILLA, Zoara (org.)
Retratos da leitura no Brasil - 4
Rio de Janeiro: Sextante, 2016.

A obra apresenta diferentes perspectivas sobre os resultados da 4ª edição da pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro no final de 2015, com o intuito de trazer subsídios para reflexão acerca do comportamento do atual leitor brasileiro e acompanhar a evolução deste panorama desde 2007.

| Versão digital |


FRAISSE, Emmanuel; POMPOUGNAC, Jean-Claude; POULAIN, Martine.
Representações e Imagens da Leitura.
Tradução de Osvaldo Biato.
São Paulo: Ática, 1997.

Ao longo dos 3 capítulos: Relatos de Aprendizado, Cenas de leitura na pintura, na fotografia, no cartaz, O Livro, a leitura e o leitor na crítica literária francesa, vai se delineando a atividade de leitura nos relatos autobiográficos. Analisando testemunhos de Sartre, Beauvoir, Mauriac, as pinturas de Renoir a Miguel Barcelò, a fotografia e o cartaz publicitário, o livro revela que, na fotografia e nos cartazes, as cenas de leitura representam mais uma prática social, enquanto nos relatos autobiográficos e na pintura mostram-se como um ato íntimo e solitário. Participação de Philippe Charrier, Danielle Marcoin, Nathalie Vallée.


FRANÇOIS, Annie.
Bouquiner - autobiobibliographie.
Paris: Seuil, 1999.

Neste ensaio agudo e bem-humorado a autora, leitora há muitos anos para diversas casas editoriais, comenta a relação leitor-livro através, inclusive, dos vários hábitos e manias que a constituem: marca-páginas, ler na cama, papel, tipografia, empréstimos, resenhas literárias, etc.


GALVÃO, Ana Maria de Oliveira.
Cordel, leitores e ouvintes.
Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

A autora capta e analisa leitores de literatura e cordel no período entre 1930 e 1950. A obra permite relacionar práticas que se desenvolveram no Brasil em meados do século XX com aquelas, muito mais antigas, que caracterizaram o primeiro grande movimento de alfabetização e de catequização desejado pelos religiosos. Permite também aos leitores compreender por que os objetos de cordel podem ser um suporte essencial das práticas culturais e da circulação das informações escritas nos grupos sociais não letrados, dando uma contribuição fundamental a uma história da leitura das camadas populares do Brasil, além de mostrar como se pode reconstruir leituras do passado, modos de ler, formas de acesso ao escrito e de atribuição de sentido a textos. O livro traz, ao final, ilustrações de várias capas e recortes de livros que também contam a história da literatura de cordel no país. Título de "altamente recomendável" pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.


GRITTI, Delmino.
Sobre o livro e o escrever.
Caxias do Sul: Maneco Livraria & Editora, 2002.

São 450 páginas de citações sobre o livro, a leitura e o ato de escrever, grandes frases de grandes autores como Cervantes, Borges, Kafka, Marx, Mário Quintana, a que também se acrescentam as próprias reflexões do autor, que nos explica na nota inicial: "Esta compilação é fruto de leituras de todos esses anos de trabalho como livreiro. Sempre que considerava interessante o texto, anotava". O resultado é uma fantástica antologia de amor ao livro, com apresentação de Armindo Trevisan e orelha de Moacyr Scliar.


GUIMARÃES, Hélio de Seixas.
Os leitores de Machado de Assis - o romance machadiano e o público de literatura no século 19.
São Paulo: Nankin editorial / Edusp, 2004.
Vencedor do Prêmio Jabuti de teoria e crítica literária, 2005.

Na passagem do século XIX para o XX, a população alfabetizada do Brasil correspondia a 18% do total, dos quais apenas 2% eram capazes de ler livros. Buscando definir a figura do leitor na produção ficcional de Machado de Assis, assunto central do estudo, o autor traça um panorama do público leitor brasileiro de então, da recepção e circulação da obra literária.


JÚNIOR, Otávio.
O Livreiro do Alemão.
São Paulo: Panda Books, 2011.

O autor narra sua trajetória desde o dia em que encontrou, num lixão da Vila Cruzeiro (Complexo do Alemão) onde morava, um livro - que iria mudar sua vida, até a realização de seu projeto "Ler é 10 - Leitura na Favela", que vem difundindo o livro e incentivando a leitura em diversas comunidades do Rio de Janeiro.
"Fala-se muito do baixo índice de leitura do povo brasileiro e até vejo esforços para aumentar esse índice. Mas posso dizer que ainda é pouco. Existe uma classe excluída, social e culturalmente, pela sociedade. São povos que vivem nos guetos das grandes cidades. Muitos deles leitores adormecidos, sem acesso a saneamento básico, educação, ensino profissionalizante e cultura. Um futuro de igualdade só existirá quando todos tiverem acesso à informação e à cultura. Uma criança que pega amor pelos livros aos oito anos será um grande leitor pelo resto da vida."


LACERDA, Lilian de.
Álbum de Leitura: memórias de vida, histórias de leitoras.
Prefácio de Roger Chartier (traduzido por Isabel Loureiro)
SP: Ed. Unesp, 2003.

Partindo de 12 depoimentos de escritoras nascidas entre 1843 e 1916 em várias regiões do Brasil, a autora reconstitui a trajetória dessas mulheres enquanto leitoras e produtoras de textos, analisando as histórias de vida dentro de seu contexto e repertório cultural.


MACHADO, Ana Maria.
Silenciosa Algazarra
SP: Companhia das Letras, 2011.

Nesta coletânea, que reúne textos recentes, a autora trata de temas diversos: os problemas do convívio entre escritores e críticos, a prática da literatura com os pequenos pacientes de hospitais, o trabalho dos ilustradores nas obras infantis..., para discutir a importância da leitura e dos livros.


MANGUEL, Alberto.
Uma História da Leitura.
SP: Companhia das Letras, 1997.
MANGUEL, Alberto.
Os Livros e os dias - um ano de leituras prazerosas.
Tradução de José Geraldo Couto.
SP: Companhia das Letras, 2005.

Durante um ano, todo mês, Manguel escolheu um grande romance para reler e comentar em seu diário: passando de Bioy Casares a Goethe, de Machado de Assis a Cervantes, suas impressões de leitura se entremeiam com lembranças pessoais, observações sobre o cotidiano e o mundo contemporâneo, e considerações acerca do ato de ler, escrever, manter uma biblioteca.


MANGUEL, Alberto.
A Biblioteca à noite.
Tradução: Samuel Titan Jr.
SP: Companhia das Letras, 2006.

Uma crônica do percurso das bibliotecas na história e uma investigação sobre o lugar dos livros e das bibliotecas na cultura humana, a obra lembra histórias das delícias e agruras dos incontáveis bibliófilos, bibliotecários e bibliômanos na vida real ou na ficção.


MARTINS, Maria Helena.
O que é Leitura.
SP: Brasiliense, 1982. Col. Primeiros Passos, vol. 74.
MEYER, Marlyse.
Folhetim - uma história.
SP: Companhia das Letras, 1996.

Essa fórmula tão popular, consagrada pela telenovela, tem uma velha e longa história, também cheia de peripécias inverossímeis e coincidências inacreditáveis. Marlyse Meyer retraça, nesta obra polêmica e enciclopédica, a trajetória de um gênero que sempre provocou desprezos solenes e atrações inconfessáveis, revelando por um prisma original facetas da história da escrita, da imprensa e da leitura.


PAIVA, Aparecida.
A Voz do veto - a censura católica à leitura de romances.
Belo Horizonte: Autêntica, 1997.

Relata a trajetória de Frei Pedro Sinzig, da ordem franciscana e um dos fundadores da Vozes de Petrópolis. Frei Sinzig, que chegou ao Brasil em 1893 e faleceu em 1952, foi autor do livro Através dos romances: guia para as consciências, publicado pela Vozes em 1923. Este manual, descoberto pela autora na bliblioteca de Lúcia Casasanta, esposa do mestre Mário Casasanta, é um livro de censura católica aos romances, escrito para orientar a leitura feminina e comenta, em pequenos verbetes, 21.553 livros de 6.607 escritores. A autora analisa as múltiplas atividades de Frei Sinzig na história da censura à literatura no Brasil, no início do século, e denuncia os equívocos da prática católica sobre o discurso crítico.


PENNAC, Daniel.
Como um romance.
Tradução de Leny Werneck
Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

Ensaio em que o professor francês questiona, através da recriação ficcional do ambiente de uma sala de aula, a razão de os jovens não gostarem de ler e ensina como recuperar nos alunos o gosto pela leitura.


PIÉGAY-GROS, Nathalie (ed).
Le Lecteur.
Paris: GF Flammarion, 2002. Col. Corpus.

Antologia de textos de autores como Sêneca, Montaigne, Proust, Valery, Benjamin, Flaubert, etc, acerca da leitura e do leitor.


PIGLIA, Ricardo.
O Último leitor
Tradução: Heloisa Jahn.
SP: Companhia das Letras, 2006.

Ensaios acerca desse vínculo decisivo entre obras literárias e leitores, constituindo uma "história imaginária da leitura", da estranha sociedade que formam os leitores reais e imaginários de todos os tempos.


REIMÃO, Sandra.
Livros e televisão.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.

A autora nos apresenta aqui, em 5 estudos com abordagens diversas, a relação entre a literatura e a telenovela, o livro e a televisão, o livro e as outras mídias, o leitor e o telespectador.


REIMÃO, Sandra.
Mercado editorial brasileiro (1960-1990).
São Paulo: Com-Arte / Fapesp, 1996.

A partir dos dados da produção editorial desses trinta anos, dos elementos das pesquisas sobre os livros mais vendidos, a autora analisa as relações entre publicações de livros e as condições sociais, políticas e culturais do país.


ROCHA, José Carlos (org.)
Políticas editoriais e hábitos de leitura.
São Paulo: Com-Arte, 1987.
SANCHES NETO, Miguel.
Herdando uma Biblioteca.
Rio de Janeiro: Record, 2004.
A capa, de Victor Burton, foi vencedora do Prêmio Jabuti 2005.

Reunião de crônicas que têm por fio condutor a formação da biblioteca, material e espiritual, desse professor de literatura, escritor, crítico literário, por vezes editor, mas sobretudo leitor compulsivo nascido numa família onde só havia um livro: a Bíblia. São histórias comoventes, sagazes, da formação de um leitor: "Não venho de uma biblioteca paterna, e sim de sua ausência. Tive que buscar a figura do pai em amigos e autores e fiz das afinidades culturais o caminho para esta família, dispersa no tempo e no espaço, que a literatura me deu. Murilo Mendes tratava os grandes artistas do passado como aeroamigos. Para mim, eles foram os aeroancestrais, de quem num ato de fraude amorosa, me fiz descender."

| www.miguelsanches.com.br |

| Resenha |


SCHOPENHAUER, Arthur.
Sobre Livros e Leituras.
Porto Alegre: Paraula, 1993, ed. bilíngüe.
Tradução de Walter Carlos Costa e Philippe Humblé.

| Excerto |


SILVA, Ezequiel Theodoro.
Leitura e Realidade Brasileira.
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997, 5a ed.

Estudo apaixonado e contundente sobre o livro e a leitura como instrumento de aprendizado e liberdade.


SODRÉ, Moniz.
Best-seller: a literatura de mercado.
São Paulo: Ática, 1988.

Este livro revê o romance policial, o filme de gângster, a ficção científica, a história sentimental, o relato de terror, o romance de aventura, a telenovela (figuras da chamada "literatura de massa" comumente excluídos do universo crítico) como peças de cultura importantes para a elaboração de uma antropologia do cotidiano, em que se misturam ideologia e mito.


STEINER, George.
Nenhuma paixão desperdiçada.
Rio de Janeiro: Record, 2001.

Em uma era em que a arte da leitura e o status do texto têm sido confrontados por movimentos literários e pelas novas tecnologias da informação, estes ensaios celebram a primazia da arte de ler, em seu sentido clássico.

| Excerto |


STEINER, George.
Ceux qui brûlent les livres.
Paris: Ed. de l'Herne, 2008.
Tradução: Pierre-Emmanuel Dauzat

Três ensaios do pensador franco-americano em torno do livro, da leitura, a relação do leitor com o livro.


WALTY, Ivete Lara Camargos et alli.
Palavra e imagem: leituras cruzadas.
Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
WOOLF, Virginia.
How should one read a book?
Adelaide (Austrália): The University of Adelaide Library, 2016.

Palestra proferida em janeiro de 1926 numa escola de meninas em Kent (Inglaterra) — em que se destaca, mais que nada, a absoluta liberdade que deve reger o ato da leitura.

| E-book |


ZAID, Gabriel.
Livros demais! - sobre ler, escrever e publicar.
Apresentação de Raul Wassermann
Prefácio e tradução de Felipe Lindoso
SP: Summus Editorial, 2004.

Editores assustados e autores desapontados são apenas um aspecto do processo que despeja no planeta um milhão de títulos por ano. Com a visão crítica de longa experiência no mercado editorial e muito bom humor, o crítico e ensaísta conta a história do livro no mundo, aborda os problemas que atingem a área e explica a ligação inevitável entre comércio e cultura.


ZILBERMAN, Regina.
Fim do Livro, fim dos leitores?
São Paulo: Editora Senac, 2000.

A autora tece considerações acerca da leitura e do livro. Relembrando a relação do leitor com a escrita desde o do pergaminho até o e-book, discute o destino do livro.



Hábito de Leitura no Brasil.
Anais do IV Encontro de Editoração da Bahia.

Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1994.

Reúne palestras proferidas no encerramento do encontro, ocorrido em outubro de 1993, com Élio Regis, Francisco Gregório Filho, Adinoel Motta Maia, Elizabeth Naves, Marta Penzin e Ziraldo.
Indicação de Sérgio Mattos.



Au Bonheur de lire.
Paris: Gallimard, Folio, 2004.

Antologia de textos sobre a leitura, incluindo excertos de Daniel Pennac,
Nathalie Sarraute, Proust...


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· Manuais & Referências ·
AREZIO, Arthur.
Diccionario de termos graphicos.
Bahia: Imprensa Oficial, 1930.
BAER, Lorenzo.
Produção Gráfica.
São Paulo: Editora Senac, 3a ed., 2001.

Amplo panorama da produção gráfica, abordando tópicos como tipologia e tipometria, papel, processamento de imagens, tintas de impressão, composição de textos, etc, e acentuando, ao tratar de novas tecnologias, a importância do domínio das técnicas tradicionais.


FALLEIROS, Dario Pimentel.
O mundo gráfico da informática - editoração eletrônica, design gráfico & artes digitais
São Paulo: Futura, 2003.

Bastante completa introdução ao mundo do DTP (Desktop Publishing) e da impressão digital, a obra, agradavelmente editada, oferece noções gerais bem avançadas, informações técnicas sobre impressão tradicional e digital, editoração, equipamentos e softwares usados na área, técnicas, termos técnicos, cursos, eventos, uma boa bibliografia, fartas dicas, truques e macetes.


GANDELMAN, Henrique.
De Gutenberg à internet - Direitos autorais na era digital
Rio de Janeiro: Record, 2001.

Dos tipos móveis de Gutenberg ao último CD que você comprou - a informação contida nesses suportes (e em todos os que foram inventados nos últimos 500 anos) está protegida pelo chamado copyright. (...) Como fica o direito autoral numa época em que todos parecem ter acesso a toda criação humana? Para esta novíssima pergunta já existem respostas [contidas nesta obra] de um advogado especialista no assunto. Este livro se destina aos artistas de todas as áreas. (Ruy Castro)


PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antônio Paulo F. de.
Referências Bibliográficas - um guia para documentar suas pesquisas incluindo Internet, cd-rom, multimeios.
Campinas: Olho d'Água, 2001.

Manual para elaboração técnica das referências bibliográficas pertinentes ao trabalho científico, segundo recentes normas da ABNT.


POLK, Ralph W.
Manual do Tipógrafo.
Trad: Martim Martz e Antônio Sodré.
São Paulo: Lep, [1948?].

PORTA, Frederico.
Dicionário de Artes Gráficas.
Porto Alegre: Editora Globo, 1958.

5.884 verbetes definindo palavras e expressões das artes da imprensa e da gravura, trazendo também a biografia de seus maiores personagens.
Indicação de Cléber Teixeira


QUEIROZ, Sônia (org.)
Glossário de termos de edição e tradução.
Belo Horizonte: FALE / UFMG, 2008.

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SANTOS, Gildenir Carolino;
Rosemary PASSOS (colaboradora).

Manual de organização de referências e citações bibliográficas para documentos impressos e eletrônicos
Campinas: Editora da Unicamp / Autores Associados, 2000.

Baseada nas normas da ABNT e ISO, é obra obrigatória à biblioteca de todos aqueles que se lançam à produção de trabalhos acadêmicos e relatórios de pesquisa.



Legislação sobre o livro e a leitura
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2012. Série Legislação, n. 78.

Apresenta a legislação sobre o livro e a leitura. Reúne as normas jurídicas que tratam da política nacional do livro e da leitura; da preservação do patrimônio bibliográfico; dos direitos autorais e proteção da propriedade intelectual; da regulamentação da profissão de bibliotecário e das datas comemorativas e homenagens cívicas ao livro.

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Publicações oficiais brasileiras: guia para editoração
Brasília: Presidência da República, 2010.

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